Polícia baiana investiga áudios com ameaças que têm circulado em instituições do estado
Pelo menos três escolas e uma faculdade particular suspenderam as aulas nesta quarta-feira (3) na cidade de Alagoinhas, no Nordeste da Bahia. As aulas foram canceladas depois que, na tarde de terça-feira (2), começaram a circular áudios de WhatsApp atribuídos à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), afirmando que iriam promover ataques nas escolas da cidade semelhantes ao que aconteceu no mês passado em Suzano, no interior de São Paulo, quando dez pessoas morreram. Houve também registro de suspensão de aulas em escolas de Barreiras, no Oeste baiano, e Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo. O secretário municipal da Educação de Alagoinhas, Tácio Lobo, explicou ao CORREIO que, quando teve conhecimento dos áudios com as ameaças, acionou as forças de segurança da cidade que reforçaram o policiamento no entorno das escolas. “No final do dia de ontem, tiveram esses áudios com esse terrorismo virtual ameaçando atentados em escolas públicas e particulares da cidade. Depois dessa informação, acionamos os órgãos de segurança que recomendaram a manutenção das aulas hoje. A polícia e a Guarda Municipal reforçaram a presença nas escolas, mas algumas unidades da rede particular suspenderam as atividades”, afirmou o secretário. O CORREIO confirmou que houve suspensão das aulas, em Alagoinhas, no Colégio São Francisco, Colégio e Faculdade Santíssimo e Escola Estadual Luiz Navarro de Brito. Inicialmente, Tácio Lobo também citou a escola Star entre as que tiveram as aulas suspensas, no entanto, a instituição negou a informação. Em nota, a Polícia Militar informou que “está monitorando e atenta a esses conteúdos que têm o objetivo de amedrontar e causar pânico. Todas as unidades estão orientadas a agir preventivamente, garantindo a segurança da população de toda a Bahia”. A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) argumentou, em nota, que as polícias Civil e Militar trabalham em conjunto para apurar a autoria de mensagens com supostos ataques a instituições de ensino. “O patrulhamento foi reforçado nas regiões apontadas nos áudios e as investigações também já foram iniciadas. Autores e responsáveis pela disseminação das mensagens, sejam elas verdadeiras ou fake news, responderão judicialmente pelos crimes”, explicou a pasta.
Correio*
Deixe seu comentário