A presidente Dilma Rousseff fará hoje, em Nova York, o discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas. São esperadas duras críticas à espionagem praticada pela agência de segurança americana NSA.
A fala de Dilma deve carregar o tom de aborrecimento gerado no governo brasileiro após as recentes denúncias de que a própria presidente e a Petrobras foram também alvos de monitoramento.
O discurso acontece uma semana após Dilma recusar um convite de Barack Obama para uma visita de Estado a Washington, em outubro.
A presidente deve incluir em sua fala a crise na Síria e críticas ao uso de armas de destruição em massa –sem, no entanto, apoiar uma ação militar, outro ponto de incongruência com Obama.
Dilma chegou ao hotel St Regis, em Manhattan, e subiu direto para a suíte, sem falar com a imprensa.
Ela não deixou o hotel até o fim do dia. À tarde, recebeu o ex-presidente americano Bill Clinton. Em maio, ele anunciou que levaria a sua fundação para o Rio, no fim do ano. O evento reunirá líderes do governo e do setor privado para discutir temas sociais e ambientais.
Em seguida, Dilma recebeu a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Na saída do encontro, Cristina disse que “a atitude da presidente [Dilma] em relação à questão da espionagem é uma posição de dignidade e de defesa da soberania nacional”.
Após o discurso, Dilma participará de uma reunião do foro sobre desenvolvimento sustentável que abordará as deliberações da Rio+20, realizada no ano passado.
Roberto Stuckert Filho/PR | JOANA CUNHA DE NOVA YORK | |
Dilma é recebida em Nova York, onde se prepara para discurso na Assembleia-Geral da ONU, em que deve abordar espionagem |
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