por Dora Kramer
Foi anunciado que Paulo Roberto Costa estaria disposto a fazer um acordo de delação premiada com o Ministério Público, a fim de tentar sair da cadeia e preservar a família nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Tudo pareceu encaminhado nesse sentido quando o advogado Nélio Machado deixou a causa, por discordar do acordo, e Costa chamou Beatriz Catta Preta, uma especialista no assunto.
Isso faz dez dias. De lá para cá soube-se que os procuradores federais querem de Costa os nomes dos políticos que se beneficiavam dos contratos superfaturados da Petrobrás.
Desde então, a nova advogada da causa vem dizendo que seu cliente ainda não decidiu se faz a delação, uma exigência peremptória principalmente da mulher dele, Marici.
Paulo Roberto Costa havia dito na prisão que se resolvesse revelar o que sabe – e só será beneficiado se der informações que esclareçam a materialidade e a autoria dos crimes – não haveria eleições.
Figura de retórica. Mas, pelo sim, pelo não, o encadeamento dos fatos autoriza a suposição de que possa ter havido só um conveniente adiamento.
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