De acordo com especialistas, a valorização do empregado é a melhor forma de fazê-lo se sentir motivado e mais produtivo. No entanto, muitos empresários parecem não compreender isto, pois não respeitam acordos estabelecidos e leis trabalhistas. E por falta de conhecimento ou por se sentirem intimidados, muitos destes empregados não buscam soluções juntamente aos representantes da categoria para equacionar problemas no ambiente de trabalho.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Vitória da Conquista, Guimarães Viana Santos, em nossa cidade, os maiores problemas que surgem são com as grandes redes, mas explica que isso ocorre devido a uma lei municipal projetada pela Câmara de Vereadores em 1998 que abre espaço para que as lojas funcionem no horário que considerarem mais convenientes. “Em algumas grandes redes eles fazem de tudo para manter o funcionário por lá, até vendem comida mais barata. Alguns entram às 6h e saem às 23h. A exploração maior é que quando se trabalham em hora-extra, isso vai para o banco de horas, mas nem sempre contempla o interesse do empregado. Tanto é que agora em dezembro estamos negociando vantagens para assalariados”, afirma Guimarães.
Em Vitória da Conquista, a defesa dos interesses do empregado, também conhecido como comerciário, fica por conta do Sindicato do Comerciário que publica informativo por meio de um boletim impresso distribuído mensalmente e é publicado no site da instituição. No entanto, muitos empregados recebem o salário já com o desconto da contribuição destinada a esse sindicato, sem conhecer direitos como: um exame por mês, assessoria jurídica e orientação em relação a questões trabalhistas. (Mais informações no site: www.secvc.com.br).
Guimarães chama a atenção ao fato de que o trabalhador precisa denunciar para ajudar o sindicato a coibir ações incorretas. “Em Vitória da Conquista nem sempre o empregado tem chances de fazer uma denúncia, até por conta da nossa cultura de não denunciar, tem o receio de informar o sindicato, mas sabendo de irregularidades, nós intermediamos junto às empresas e conversamos com o patrão e buscamos resolver o problema”. Ele reforça ainda que o sindicato não atua apenas como um órgão de denúncia. “A gente tenta resolver, se isso não é possível, o Mistério do Trabalho é um órgão que a gente pode contar, ainda que a estrutura em Vitória da Conquista esteja muito ruim para atender essa demanda”.
Por: Sara Reis
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