Falta de definição e celeridade da prefeitura de Vit.  da Conquista,  na divulgação de licitação para o transporte Público, faz parte da logística política da atual gestão, é o que pensa a maioria dos usuários do sistema.

O Sistema de Transporte Público de Vitória da Conquista, sempre vivenciou momentos tranquilos e outros tantos, críticos,  desde o inicio de suas atividades,  há mais de 3, á 4 décadas em Vitória da Conquista. No entanto,  pasmem, as indefinições, procrastinações  e, as más gestões públicas ao longo destes tempos pouco contribuíram para que o sistema pudesse ser mais eficaz, aliás, os jogos de interesses sobressaíram muito mais. E com isso,  toda a população tem sido penalizada com um transporte que não atende de forma plena a comunidade da zona urbana e rural de Vitória da Conquista.

As duas empresas, tanto a Cidade Verde como a Vitória,  usou de todos os meios de comunicação,  e os órgãos competentes e controladores, a fim de que coibisse e proibissem o transporte clandestinos  de   vans e carros de passeios, pois  estava inviabilizando as gestões financeiras das empresas. O que não foi considerado pela Prefeitura. Levando a nocaute a empresa Vitória.

 

Na retrospectiva mais recente, há mais ou menos 1 ano,  a empresa Viação Vitória teve o contrato cancelado por falta de condições de operar – Em agosto de 2018, o prefeito Herzem Gusmão decreta situação de emergência.  E entra em cena, a fim de dar um suporte, e operar o lote 1, a empresa Cidade Verde.  Que se manteve operando o lote 1 e 2.

No entendimento do governo municipal  com a Viação  Cidade Verde, que se disponibilizou a assumir e operar  o lote 1, a PMVC assegurou  aos diretores, que assim que assumissem o lote 1, (Emergência) haveria uma fiscalização mais rígida e eficaz, para conter a concorrência, (vans e carro de passeios, que utilizava do sistema sem as devidas autorizações), que mais uma vez, não aconteceu. E desse modo, a Cidade Verde, também sentiu com os prejuízos acumulados no  – lote 1 –  com as linhas da zona rural e Bairros periféricos, e comunicou a prefeitura  e a população, de que deixaria as linhas deficitárias, de  forma parcial, e meses depois entregou todo o Lote 1.

A PMVC arrendou 10 ônibus da Empresa Novo Horizonte para atender em caráter de emergência as linhas periféricas. E,  após a Cidade Verde  deixar de operar nas linhas do lote 1 por completo. A Pmvc desfez o contrato com a Novo Horizonte,  e contratou a Empresa Viação Rosa para atender a todas as linhas do lote 1. O que vem acontecendo até neste momento na cidade.

A PMVC para se sentir na zona de conforto consegue fazer uma intervenção na ATUV, entidade que foi criada pelas empresas de transporte público para facilitar a gestão dos cartões e de toda a operação do sistema junto a PMVC. E sem uma oposição pragmática e que tenha compromisso de resolver estas demandas no parlamento municipal, a situação do transporte coletivo certamente não será resolvida nesta gestão.

Agora faltando apenas um ano do final da gestão do  governo Herzem Gusmão,  a PMVC  ensaia a possibilidade de fazer uma licitação para o lote 1. Enquanto isso, os números encontrados no Portal da Transparência da Prefeitura de Vitória da Conquista mostram que o município pode estar tendo prejuízo com a operação direta do lote 1 do sistema de transporte coletivo, assumido pela própria Prefeitura.

É importante que a população fique atenta, que, por mais otimista que possamos ser, a atual gestão não conseguirá  fazer a revitalização da Plataforma de embarque e desembarque, da  AV. Lauro de Freitas e,  nem tão pouco, a licitação da linha do lote 1, do transporte público de Vitória da Conquista. Pode até iniciar, mas, não concluírão.

nesta gestão, que termina  em dezembro de 2020.

 

O contrato mensal com a Rosa é de R$ 2.619.550,00 por mês, ou R$ 15.717.300,00 por mais seis meses, até o dia 7 de junho de 2020. No ano passado, a Prefeitura pagou R$ 13.532.009,24 pelo aluguel dos ônibus. Isso é R$ 3.541.050,38 a mais do que o arrecadado com a venda de passagens. De acordo com o Portal da Transparência, na rubrica Serviços e Atividades Referentes a Navegação e ao Transporte*, a Prefeitura teve uma receita de R$ R$ 9.834.999,80 no período.

COMPARATIVO RECEITA X PAGAMENTO – MÊS A MÊS 2019
MÉS FATURAMENTO PAGAMENTO DIFERENÇA
Dezembro R$ 1.896.070,42 R$ 3.090.191,80 R$ 1.194.121,38
Novembro R$ 1.842.330,10 R$ 2.645.911,02 R$ 803.580,92
Outubro R$ 2.515.928,83 R$ 2.995.149,65 R$ 479.220,82
Setembro R$ 1.810.691,05 R$ 2.464.965,69 R$ 654.274,64
Agosto R$ 1.286.521,35 R$ 1.811.519,57 R$ 524.998,22
Julho R$ 483.458,05 R$ 524.271,51 R$ 40.813,46

A diferença é maior ainda quando se leva em conta o que foi liquidado, isto é, lançado como serviço prestado, dívida certa, mas ainda não paga. Foram R$ 14.244.220,30 nessa condição, a diferença sobe para R$ 4.785.833,50. Os números referem-se a lançamentos feitos até ontem de dezembro. O BLOG anotou que o valor empenhado em 2019 – empenhos mantidos pela Secretaria de Finanças para este ano – foi de R$ 16.131.189,77, exatos R$ 6.296.189,97 a mais.

RECEITA EMPENHADO LIQUIDADO PAGO
R$ 9.834.999,80 R$ 16.131.189,77 R$ 14.244.220,30 R$ 13.532.009,24
DIFERENÇA R$ 6.296.189,97 R$ 4.409.220,50 R$ 3.697.009,44

“Os números da receita com o serviço de transporte coletivo no lote 1, que a Prefeitura de Vitória da Conquista resolveu assumir, ainda podem mudar, mesmo que minimamente, pois ainda falta lançar o faturamento da última semana de dezembro.”