FazAtleta apoia baianos rumo aos jogos olímpicos e paralímpicos

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A medalha de prata conquistada, nesta quinta-feira (30), no revezamento dos cinco quilômetros em águas abertas no Mundial de Esportes Aquáticos 2015 em Kazan, na Rússia, é mais uma grande conquista na carreira do nadador baiano Allan do Carmo. O atleta, que esta semana já havia conquistado a vaga nos Jogos Olímpicos Rio 2016 com o 9º lugar na maratona de dez quilômetros, recebe apoio do Programa Faz Atleta há dez anos. Também apoiados pelo programa, os paratletas Marcelo Collet, do paratriatlo, e Renê Pereira, do remo adaptado, estão muito perto de confirmar vaga nos Jogos Paralímpicos.Direto da Rússia, onde ainda nada a prova dos 25 quilômetros no próximo sábado (1º), Allan destacou o incentivo do programa como essencial na disputa das principais competições internacionais ao lado dos melhores nadadores do mundo. Com o patrocínio da Bahiagás, por meio do Faz Atleta, ele consegue manter e custear a rotina de treinos, passagens, equipamentos esportivos, alimentação, suplementação nutricional e toda a estrutura necessária para se manter na elite do esporte.

Após a experiência em Pequim 2008, ele conta com o apoio para fazer bonito nos jogos realizados no Brasil. “O Faz Atleta tem sido meu braço direito durante muitos anos e agora não vai ser diferente porque o sonho, que era meu e de todos do programa, agora se tornou realidade e vamos fazer uma programação, com tudo que temos de melhor, para chegar em 2016 e poder brigar por uma medalha”.

Dez modalidades

Este ano, o programa apoia 58 atletas em dez modalidades olímpicas e paralímpicas, com até R$ 150 mil para projetos de esportistas, equipes e eventos esportivos. Em 2014, foram apoiados 54 atletas e 17 eventos. De 2007 a 2014, o programa liberou R$ 30,3 milhões para 616 projetos, atendendo 493 atletas e a 123 eventos.

O incentivo do Governo da Bahia permite que os atletas sejam patrocinados, por empresas contribuintes do ICMS, graças à dedução de 80% do valor investido no projeto esportivo. Para isso, o empresário patrocinador deve contribuir com recursos próprios equivalentes a, no mínimo, 20% dos recursos totais do projeto. 

Para ser apoiado, o atleta precisa estar entre os três primeiros de sua categoria, no ranking estadual, entre os dez no nacional ou entre os 15 melhores no Mundial. “Eu entrei em 2005, como atleta de nível estadual, e hoje já sou nível olímpico. Eu passei por todas as fases do programa e isso é um orgulho”, recorda Allan do Carmo.

Marcelo Collet e Renê Pereira

Dono de oito medalhas em jogos parapan-americanos e finalista paralímpico em Atenas 2004 e Pequim 2008, Marcelo Collet tem apoio do Faz Atleta desde 2004. Ele é o atual 11° do ranking mundial da categoria PT4 e precisa terminar o ano, entre os dez primeiros, para competir na estreia do paratriatlo em jogos paralímpicos. “Allan e Marcelo têm, em média, dez anos de projeto cada um e chegaram aqui bem no início de suas carreiras. Por meio do apoio financeiro do Faz Atleta, eles puderam se dedicar a competir e se desenvolver”, destaca o coordenador do programa, Rodrigo Farias.

Outro que tem grandes chances de representar o Brasil e a Bahia, no próximo ano, com apoio do Faz Atleta é Renê Pereira. Este mês ele embarca para a França, sede do Campeonato Mundial de Remo, a ser disputado, entre 30 de agosto e 6 de setembro, na cidade de Aiguebelette. Basta ficar entre os oito melhores da classe ASM1x do remo adaptado para Renê confirmar a vaga

Emília Mazzei