O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) disse hoje que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e precisou ser intubado como precaução. O parlamentar adiantou que amanhã seguirá ao lado da família para São Paulo, com o objetivo de acompanhar mais de perto a recuperação do pai e “dar um pouquinho mais de força”.
Segundo o parlamentar, no início da manhã Bolsonaro estava sem conseguir respirar e está sendo monitorado para evitar que ele aspire o líquido que estava subindo do estômago. As declarações foram feitas em entrevista à rádio Jovem Pan.
“Foi realmente para uma Unidade de Tratamento Intensiva, para ficar ali em observação, com os cuidados melhores. Chegou a ser intubado, sim, para evitar que ele bronco aspirasse o líquido que tava vindo do seu estômago. Isso já havia acontecido em uma das cirurgias passadas que ele fez. Por precaução, apenas, nada de grave”, revelou o senador.
Flávio disse ainda que de sábado (9) para domingo (10) o presidente havia ficado internado por conta dos soluços recorrentes. No final de semana o presidente cumpria agenda no Rio Grande do Sul, onde fez uma motociata ao lado de apoiadores em Porto Alegre.
“Estava com muito soluço, não estava conseguindo dormir bem, muita apneia. Ficou em observação, fez alguns exames, tava tudo bem. Voltou para casa no domingo, fizemos até um almoço para recebê-lo”, disse.
O parlamentar disse que o estado de saúde apresentado pelo presidente na manhã de hoje foi uma “surpresa”. “Ele tinha voltado a apresentar um quadro no mesmo sentido que ele estava no final de semana”, disse à Jovem Pan.
“Vida sacrificante” do presidente
Para Flávio Bolsonaro, a vida do pai é sacrificante. O parlamentar afirma que, ao mesmo tempo, Bolsonaro se sente grato por pegar “o Brasil de uma forma muito ruim como estava” e ter “melhorado em todos os aspectos”.
A fala do senador, no entanto, contrasta com os números recentes sobre a situação do Brasil. Após anos, o país voltou ao Mapa da Fome e os números de desemprego seguem crescendo.
A pandemia e a ausência de vacinas, quando já era possível adquiri-las, atrasou o processo de imunização e fez com que a covid-19 continuasse circulando em território nacional. Como consequência, postos comerciais foram fechados, afetando a economia.
Solidão de Bolsonaro
Após a internação de Bolsonaro hoje, quesitos mais íntimos da vida do presidente foram expostos pelo filho senador. À Jovem Pan, Flávio Bolsonaro disse que a vida do pai enquanto chefe do Executivo federal é solitária.
“É uma vida solitária no aspecto de ser o tempo inteiro falando de trabalho. É difícil pegar ele uma hora e deixar isolado um pouco dessa responsabilidade e falar de amenidades”, explicou Flávio.
O senador disse ainda que a família de Bolsonaro, “sempre que pode”, segue para o Alvorada para “levar um pouquinho de alegria para aquele lugar”. Flávio se queixa da estrutura da residência oficial do presidente. Na perspectiva dele, o ambiente é feito para “alguém viver em isolamento”
“Ele próprio já falou que se sente numa espécie de prisão domiciliar, porque onde ele vai tem todo um aparato de segurança, preocupação com sua vida”, finalizou.
UOL/Folhapress
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