Foto: Divulgação
O governador Rui Costa (PT) reafirmou, ontem, que está com a consciência tranquila no que se refere a supostos repasses não declarados à sua campanha. Em entrevista coletiva, o petista ressaltou que recebeu menos que o seu oponente em 2014, Paulo Souto (DEM), e que até hoje tem dívida. “Eu fui o único candidato na história que saiu com uma dívida de R$ 11 milhões para o partido pagar. E não foi por falta de gente querendo contribuir. Limitei a minha campanha a contribuições legais, por isso saí com dívida. Sempre fui defensor de um fundo público de campanha”, assinalou. “Não tenho receio nenhum. Cada atitude que tomo penso no orgulho que tenho dos meus pais e no orgulho que minhas filhas terão. Não perco cinco minutos de sono pensando em coisas erradas que não fiz. A Itaipava doou para Paulo Souto mais do que doou para mim. Olhe todas as prestações de contas das empresas, elas doam aos principais candidatos, de acordo com as pesquisas que vão fazendo. Quando o candidato tem mais chance de ganhar, elas aumentam a contribuição. Como sempre andei em baixa, sempre recebi menos”, prosseguiu, acrescentando que problemas como esse serão solucionados apenas mediante uma reforma política.“Todas as doações estão declaradas. Precisamos tratar as coisas sem hipocrisia, olhando olho no olho da população. O Brasil precisa ser passado a limpo. A política é necessária no mundo todo, só não é necessária nas ditaduras. Precisamos encontrar o melhor modelo político. Sou a favor de não reinventarmos a roda. Criamos no Brasil 40 partidos políticos, temos 28 na Câmara. Converso com parlamentares de outros países e todos ficam perplexos. Todo mundo é unânime: é ingovernável, é impossível governar com 40 partidos”, avaliou.Ainda de acordo com Rui, “a maior tarefa é dizer qual o modelo que vai levar o Brasil para frente”. “O povo quer ouvir solução. Tem que ter reforma política. Fazer partido no Brasil virou um grande negócio. Gostaria de ver nas páginas dos grandes jornais qual o modelo de financiamento que vai vigorar em 2018, e o prazo é até setembro. Se nada for feito, teremos o mesmo financiamento que na campanha de 2016”. Leia mais na Tribuna da Bahia.
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