Ao G1, deputado Cardozo diz que pretende reunir prefeitos e governadores.
Objetivo, afirmou, é articulação política para enfrentar crime organizado.
Iara Lemos Do G1, em Brasília
escritório dele em São Paulo (Foto: Paulo Pinto /
Agência Estado)
Convidado pela presidente eleita Dilma Rousseff para assumir o Ministério da Justiça, o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP) afirmou ao G1 que terá como primeira missão à frente da pasta articular em janeiro uma reunião com prefeitos e governadores em busca da implementação de um pacto nacional de segurança pública.
Em entrevista na noite desta sexta-feira (3), Cardozo disse que o principal pedido de Dilma para o ministério é um trabalho mais intenso na área de segurança pública.
“A presidente Dilma falou que a questão da segurança pública é fundamental no governo. Eu agradeci a confiança e disse que vou dar todo meu empenho para isso. Temos de unir governadores e prefeitos em um enfrentamento contra o crime organizado. É uma tarefa de articulação política. É hora de unir forças, não de fazer disputas políticas”, disse o futuro ministro.
Apesar de cotado para a vaga desdeo início do trabalho no governo de transição, do qual é um dos integrantes, Cardozo contou que só recebeu o convite oficial da presidente eleita na noite da última quarta-feira (1), durante uma reunião na Granja do Torto.
Do encontro, também participaram o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e o deputado Antonio Palocci, que nesta sexta foi confirmado como futuro chefe da Casa Civil. “Qualquer solicitação que a presidente me fizesse eu estaria pronto para assumir, independentemente de ser ministério”, disse Cardozo.
Segundo o novo ministro, além da atenção para a segurança pública, a presidente eleita também pediu para que sejam intensificados os trabalhos de vigilância nas fronteiras, nos serviços de inteligência e na Polícia Federal. Embora tenha recebido autonomia da presidente para escolher os nomes que vão compor o ministério, Cardozo afirma que vai submeter cada um ao crivo de Dilma.
“Ela me assegurou que eu tenho autonomia para isso [escolhas], mas esse é um trabalho conjunto. Vou submeter cada um dos escolhidos a ela. O Ministério da Justiça é prioritário no governo, e vamos estruturar uma equipe capaz de implementar cada uma das metas da presidente”, afirmou.
Segundo Cardoso, parte da sua missão será baseada no trabalho feito por três antecessores da pasta, todos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Márcio Thomaz Bastos, Tarso Genro e o atual ministro, Luiz Paulo Barreto. “Os três são, além de meus amigos, minhas referências para trabalho”, afirmou Cardozo.
Diante o trabalho intenso que o aguarda, Cardozo fez uma brincadeira, dizendo que o título que ganhou da presidente eleita durante o governo de transição, apontado como um dos “três porquinhos” da coordenação da campanha (os outros dois são Antonio Palocci e José Eduardo Dutra), logo vai ser trocado para “os três magrinhos”.
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