Gabrielli oficializa pré-candidatura ao Governo da Bahia pelo PT em 2014
O secretário do Planejamento da Bahia e ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, oficializou o seu nome como pré-candidato ao Governo da Bahia em 2014. Gabrielli enviou um documento ao Diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) o fato -ocorreu na feira (19), oportunidade em que foi divulgado uma carta para todos os membros da sigla.
CARTA AO PT
Companheiros Jonas Paulo, Presidente do PT e Everaldo Anunciação
O Partido dos Trabalhadores enfrenta um momento importante de
decisão. Depois de sete anos comandando o Governo da Bahia, sob a
liderança do Governador Jaques Wagner temos que nos posicionar
O Governador Jaques Wagner conduziu com maestria as contradições,
conflitos e tensões de uma base aliada muito ampla, avançando
significativamente na construção dos mecanismos de ampliação dos
espaços democráticos no Governo. Avançamos também na
consolidação de politicas públicas que impulsionaram as
transformações vivenciadas.
Quem suceder o Governador Jaques Wagner encontrará uma Bahia
muito melhor do que ele a encontrou quando entrou no governo sete
anos atrás. Os desafios de quem suceder o Governador Jaques Wagner
também serão ainda maiores. O processo eleitoral de escolha do
sucessor, as alianças politicas necessárias, os desafios de continuidade e
de mudanças das políticas já implementadas e a exigência crescente por
parte da sociedade para a entrega de mais e melhores serviços públicos
impõem mais complexidade, exigem mais habilidade e requerem mais
apoio ao próximo Governador.
Nas próximas eleições um dos elementos fundamentais para definir a
capacidade dos diversos candidatos será a capacidade de sensibilizar
corações e acender o fogo militante de quem acredita em sonhos e
deseja que propostas possam vir a ser implementadas. Será
fundamental resgatar os laços com os movimentos sociais e acender as
chamas dessa extraordinária e poderosa força que é a militância petista.
Os desafios para acender a chama da militância são ainda maiores
quando se consideram a necessária politica de alianças que implica em
repartir os espaços de poder, antes, durante e principalmente depois
das eleições. O relacionamento com os partidos aliados não pode ser
apenas pragmático de juntar forças para derrotar adversários. Precisa
ser levado em conta na execução de programas de governo, o que
significa repartição de espaços de poder, refinamento na escala de
prioridade considerando as distintas bases sociais dos partidos que
comporão o governo e as qualificações de cada um dos indicados para
os diversos cargos do novo governo.
Esse processo certamente levará a vários conflitos de interesses entre os
componentes da base politica governamental, que aumentam na
medida em que as dimensões locais se associam aos problemas de
diferenças de interesses estaduais. O governador deve ser o arbitro
dessas disputadas e precisa ter critérios para administrar os
descontentamentos de quem não for contemplado, mais do que esperar
o apoio dos contemplados. É sempre uma engenharia politica difícil.
É por essas razões que considero que as discussões com as bases do
Partido, respeito às instancias decisórias e a convergência de opiniões
sobre os desafios da conjuntura devem ser levadas em conta na escolha
do nosso candidato a suceder os trabalhos do companheiro Wagner.
O Governador é o principal líder e comandante desse processo, mas não
podemos atropelar os processos de discussão e debate dentro do
Partido. A próxima reunião do Diretório do PT na Bahia precisa se
debruçar sobre esses temas e sair com uma posição mais unificada,
principalmente depois do resultados do PED.
É também por isso que solicito aos companheiros encaminhar ao
Diretório essas discussões para que possamos avançar na definição de
nosso candidato, depois de avaliados os cenários e qual o melhor perfil
do candidato para mobilizar a militância e articular os aliados, levando
em conta a posição do Governador como fator preponderante, mas não
exclusivo nesse processo de decisão.
Assim mantenho a propositura do meu nome como pré-candidato a ser
o sucessor do Governador Jaques Wagner para avaliação na próxima
reunião do Diretório Estadual.
José Sergio Gabrielli de Azevedo
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