Há ao menos 200 soterrados no Morro do Bumba, diz subsecretário de Defesa Civil

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Do G1, com informações do Bom Dia Brasil

Pelo menos 200 pessoas estão soterradas no deslizamento que atingiu o Morro do Bumba no Cubango, em Niterói, na Região Metropolitana no Rio, na noite de quarta-feira (8). A informação é do coronel Pedro Machado, subsecretário de Defesa Civil, que não diz não haver mais expectativa de encontrar pessoas com vida.

“Pela nossa experiência é uma morte instantânea. Desceu uma grande quantidade de terra, pedra e lixo”, disse Machado, que também é comandante do Corpo de Bombeiros. “É muito difícil encontrar alguém vivo. É diferente do Haiti, onde prédios desabaram e as pessoas ficaram presas em bolsões de ar. Aqui foi uma grande quantidade de terra. Quando cai, toma todo o ambiente.”

  • É muito difícil encontrar alguém vivo. É diferente do Haiti, onde prédios desabaram e as pessoas ficaram presas em bolsões de ar. Aqui foi uma grande quantidade de terra”

Segundo o secretário de saúde Sérgio Côrtes, não há previsão para o término de trabalhos na região. “A estimativa anterior era de 15 dias, mas a quantidade de escombros está dificultando as buscas. A extensão fica ainda pior porque há 25 anos funciovana um aterro sanitário no local, o que deixa o solo ainda mais estável”, afirmou.  “Estamos vivendo um grande problema ambiental. O resgate não pode ser um trabalho manual, por causa do risco de doenças.” Ainda de acordo com Côrtes, técnicos da Geo-Rio foram disponibilizados pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, para atuar no local.

Seis pessoas, entre elas uma criança, morreram no deslizamento de terra que do Morro do Bumba. Dois mortos já confirmados eram funcionários de uma creche que funcionava no local. Outras 51 pessoas ficaram feridas. De acordo com a Defesa Civil, pelo menos 40 casas foram atingidas. Com esse desabamento o número de mortos no Estado chegou a 153 pessoas.
De acordo com as autoridades, cerca de 600 metros de terra foram deslocados. O secretário de saúde e Defesa Civil do estado, Sérgio Côrtes, comenta que a área era um lixão. “As casas foram construídas sobre o aterro. Dizem que havia uma loja de pizzas, uma igreja. É uma comunidade inteira”.