Hospital Esaú Matos realiza 1.513 partos normais no primeiro semestre de 2014, e já destaca como referencia na região

O parto normal possibilita vários benefícios como uma recuperação mais rápida para a paciente

O parto normal apresenta vantagens sobre a cesariana. Entre elas, a de que a recuperação é muito mais rápida. Em Vitória da Conquista, no Hospital Municipal Esaú Matos, o balanço de partos normais durante o primeiro semestre de 2014 foi positivo. Até o mês de junho, dos 2.235 partos realizados na instituição, 722 foram cesarianas e 1.513 foram partos normais.

De acordo com a pesquisa “Nascer no Brasil – Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento”, divulgada em 2014 pelo Ministério da Saúde, 80% das crianças no Brasil nascem de parto cesáreo no setor público. No Esaú, essa taxa de parto cesáreo em 2013 foi de 32%, número abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde que é de 35% para maternidades cadastradas como alto-risco.

“O Esaú hoje é responsável por 60% dos partos realizados em Vitória da Conquista, sendo que nossa média mensal é de 350 partos. A taxa de cesarianas é baixa e isso é muito bom para as pacientes, pois com o parto normal elas recebem alta em 24h”, informou o médico obstetra Dr. Ary Pires, diretor técnico operacional da Fundação de Saúde de Vitória da Conquista (FSVC) que administra o Hospital Esaú Matos.

Ainda conforme Dr. Ary, a literatura obstétrica tem apresentado várias pesquisas com dados que incentivam o parto normal. “Hoje já podemos dizer, por meio dos estudos, que a maior beneficiada no parto normal é a criança, pois esse tipo de parto diminui a incidência de doenças respiratórias e cardíacas”, explicou.

Quem também confirmou tais benefícios foi o coordenador médico da UTI Neonatal, Giuliano Serra. “A recuperação para mãe é mais rápida, o vínculo afetivo entre mãe e o filho é estimulado por meio do contato pele a pele nos primeiros instantes do nascimento. Além disso, a amamentação é mais rápida e, por consequência, as crianças têm menos risco de adoecerem” acrescentou Giuliano.

Novos conquistenses – No dia 3 de julho, exatamente às 10h da manhã, Gislane Silva Gomes e Sandra Rosa dos Santos estavam em trabalho de parto no Hospital Esaú Matos. Ambas deram à luz a seus filhos, por meio de partos normais.

Em seu terceiro parto, Sandra Rosa é uma estreante no Esaú. “Achei a assistência ótima. Eu e meu filho tivemos todo monitoramento necessário. Em relação ao parto normal eu sou 100% a favor, porque a gente amanhece disposta, sem dores e posso cuidar do meu filho imediatamente. Este é meu terceiro parto normal”, contou Sandra, um dia após o nascimento de seu filho Hugo.

Já Gislane aguardava ansiosa o nascimento do seu primeiro filho, Luiz Otávio. “Não tive medo, pois a equipe foi muito boa e me acalmou durante o parto. Depois que ele nasceu, a sensação foi ótima; quase chorei de tanta emoção. O parto normal é melhor para a mulher. No outro dia, a gente amanhece bem melhor”, declarou Gislane enquanto se preparava para receber alta na manhã do dia 4 de julho.

Adriana Leite Costa, natural de Ribeirão do Largo, também preferiu o parto normal. “Foi tranquilo. Hoje estou ótima e já não sinto nenhuma dor”, disse Adriana mãe da pequena Adrielle.

Lindiney dos Santos de Caraíbas, que também teve seu filho David, por meio do parto normal também acredita que essa é a melhor forma de se ter um filho. “Com três dias depois do parto já estamos prontas para ajudar em casa e cuidar dos filhos. O parto normal é melhor”, declarou Lindiney.

Letiere Alves Rodrigues teve seu segundo filho de parto cesariana. “Eu não posso ter parto normal, só por isso meu filho nasceu de cesariana”, explicou Letiere.

Lei do Acompanhante – Além de oferecer uma equipe formada por enfermeiros, obstetras e pediatras durante o parto, recentemente o Esaú Matos se adequou a Lei do Acompanhante. Com ela, toda parturiente tem direito a um acompanhante do pré-parto ao alojamento. Essa nova conduta tem incentivado o parto normal. “Com essa adequação, nós percebemos uma melhora na assistência, principalmente para as mães, pois a satisfação de um pai, uma avó acalma a paciente durante o trabalho de parto”, avaliou Dr. Ary.

O setor de obstetrícia do Esaú funciona 24h, durante todos os dias da semana.