A terça-feira de Carnaval, foi marcada pela quase decepção dos foliões que compareceram ao centro da cidade para curtir o último dia de festa.
O motivo foi a falta da liberação do alvará, por parte da Prefeitura Municipal, para que as instituições como a segurança pública, mobilidade urbana dentre outros pudessem estar presentes para a realização do evento.
A situação culminou com o embargo, por parte da prefeitura, do trio elétrico que iria fazer a animação do público. O fato ocorreu às 13 horas quando iria iniciar o cortejo, decepcionando o público que aguardava o início da festa.
Para amenizar a situação foi improvisado um carro de som, que arrastou os foliões pela Praça Barão do Rio Branco, as Avenidas Vivaldo Mendes e Rosa Cruz até a Concha Acústica do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, onde aconteceu uma festa fechada, com uma diversidade de atrações musicais de artistas conquistenses.
O evento foi promovido pelo Bloquinho do Beco e teve como objetivo angariar fundos para o custeio com as despesas com o evento como: segurança particular, brigadistas dentre outros profissionais, já que não dispunha de apoio financeiro por parte do poder público, e foi cobrado um ingresso no valor simbólico de apenas R$ 5,00.
A programação que objetivava valorizar e incentivar a diversidade cultural conquistense, se tornou também uma bandeira de protesto contra a insensibilidade do poder público diante dos movimentos culturais e também das minorias, que levantaram suas bandeiras, e o evento se tornou também um ato de protesto contra o poder público municipal.
De acordo com o coordenador do Bloquinho do Beco, Esdras Tenório o alvará foi expedido pela prefeitura, porém a própria embargou a festa, “Existe uma manobra dentro da prefeitura, de um governo conservador que não aceita o movimento periférico e LGBT nas ruas. A cidade é do povo, a gente quis proporcionar o último dia de Carnaval maravilhoso, porém a prefeitura tentou inviabilizar, mas nós saímos em forma de protesto, e foi maravilhoso, não teve confusão, todo mundo se divertindo no último dia de Carnaval.” Afirma o coordenador.
O Bloco Fita Amarela, fundado em 2011, que se caracteriza por tocar marchinhas de Carnaval, não pôde se apresentar, por causa da ausência do Trio e não foi possível reviver os velhos carnavais, “O que a gente esperava era ter a liberdade de sair às ruas com as marchinhas, com muitas famílias, com crianças, todo mundo fantasiado. Eu não entendo o porque dessa objeção.” Questiona a produtora cultural Deise Maria responsável pelo Bloco Fita Amarela.
Outro artista que faz parte da coordenação do Bloquinho do Beco foi Loro Vudu, que fez seu protesto em relação a falta de apoio por parte da prefeitura e diz que o Coletivo irá recorrer aos seus direitos, “Era para a prefeitura está apoiando, mas ficou ‘aquele jogo de empurra’ entre as secretarias,
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