Informações do IG
“Joaquim Barbosa é um homem mau, com pouco sentimento humano.” A descrição nada elogiosa é de Celso Antônio Bandeira de Mello, um dos mais conceituados advogados brasileiros e professor da PUC há quase 40 anos.
Ele se refere em especial à forma como Barbosa conduziu a prisão de José Genoino. “Acho que é mais um problema de maldade. Ele é uma pessoa má. Falo isso sem nenhum preconceito com a pessoa dele pois já o convidei para jantar na minha casa. Mas o que ele faz é simplesmente maldade”, afirma o advogado.
Bandeira de Mello subscreveu na terça-feira, ao lado de juristas, intelectuais e líderes petistas, um manifesto condenando a postura de Barbosa. A ação supostamente arbitrária do ministro na prisão dos condenados no processo do mensalão seria passível de um processo de impeachment.
De acordo com o advogado, o foro adequado para o pedido de impeachment seria o Senado Federal. Segundo o inciso 2º do artigo 52 da Constituição Federal, é de competência exclusiva do Senado julgar os ministros do Supremo. A iniciativa, segundo Bandeira de Mello, pode ser de “qualquer cidadão suficientemente bem informado e, principalmente, dos partidos políticos”.
Na segunda-feira, o diretório nacional do PT chegou a cogitar medidas concretas contra Barbosa. A iniciativa, no entanto, foi abortada por líderes moderados do partido.
Bandeira de Mello só não explicou porque que somente agora resolveu se revoltar publicamente contra o que considera abuso de poder por parte do judiciário, quando tantos réus no Brasil, quase todos menos favorecida do que José Genoíno, são vítimas, não só de abusos, mas de erros grosseiros da justiça. Ele também não fez menção aos prejuízos causados à nação pela quadrilha do mensalão, da qual Genoíno fazia parte, e nem disse se os crimes praticados pelo deputado petista, condenado pela maioria dos votos dos ministros do STF, poderiam ser classificados como “maldades”, o que faria de Genoíno um “homem mau”.
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