02 de novembro de 2024

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Jorge Solla quer saber por que CPI evita convocar lobista Fernando Baiano

 

Justiça Federal decretou nova prisão preventiva de Fernando Soares sob a justificativa de que há fortes indícios de que ele pagou propina para deputados.

fonte tribuna da bahia| Tribuna da Bahia

O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) cobrou que seja convocado a depor na CPI da Petrobras o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. “Não é importante aqui que se ouça Fernando Soares? Por que ele não pode vir aqui ser ouvido? O que estão escondendo?”, indagou.

O parlamentar citou matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, segundo a qual enquanto a convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, não encontrou resistência de petistas, membros da CPI estariam blindando o lobista acusado de atuar pelo PMDB. “Como uma comissão como essa pode se propor a investigar com seriedade e isenção deixando de ouvir uma pessoa como essa, com o que já foi apurado no envolvimento dele. É acusado pelo MPF de ser o operador do PMDB no esquema do Lava Jato. Não pode ser blindado”, disse.

A Justiça Federal decretou nova prisão preventiva de Fernando Soares sob a justificativa de que há fortes indícios de que ele pagou propina para deputados para obstruir uma CPI da Petrobras no Congresso entre 2009 e 2010. Segundo Yousseff, em delação, R$ 10 milhões foram pagos aos parlamentares Sérgio Guerra, Eduardo da Fonte e Ciro Nogueira, para que “a questão fosse resolvida”.

Solla cobrou também o depoimento de acusados ligados ao PMDB, como o policial Jayme Oliveira, o Careca, ou o consultor Júlio Camargo, que admitiu ter pago propina a Baiano. O deputado apresentou requerimentos à CPI convocando também o ex-presidente da Petrobras Joel Mendes Rennó, o ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras no período de 1993 a 1999, Sebastião Henriques Vilarinho, o ex-diretor de Exploração e Produção de Petróleo da Petrobras, Antonio Carlos de Agostini,  o ex-residente da Petrobras no período de 1999 a 2003, José Coutinho Barbosa, e German Efromovich, proprietário da empresa Marítima Petróleo.