Juiz que comanda a Operação Lava Jato – analisa 750 contratos envolvidos em corrupção

O juiz Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava Jato, ficou estarrecido ao descobrir que a corrupção não estava exclusivamente vinculada à Petrobras, mas a diversas entidades de públicas, de setores e ministérios diferenciados, nas obras espalhadas pelo País. O escândalo, deste modo, vai muito além do que se supunha e mancha, de vez, a vida pública e a governança brasileira. Sérgio Moro detectou que somente o doleiro Alberto Youssef, que está sob delação premiada, tinha em seu poder, 750 contratos, muitos da Petrobras, mas, de igual modo, de obras realizadas em diversos estados. Não se refere, ainda, se as obras (na maioria do governo federal) tinham a participação dos governos dos estados. A forma de atuar das empreiteiras era semelhante aos contratos firmados pela petroleira, com superfaturamentos e propinas distribuídas ao deus dará com os intermediários que conseguiam os contratos. Já havia suposição de distribuição de comissões escancaradas Brasil afora, “sem o conhecimento” do governo federal.