Os ministérios públicos federal (MPF) e do estado do Ceará (MP-CE) investigam um esquema de fraudes na concessão de empréstimos do Banco do Nordeste que provocaram prejuízo de até R$ 1,5 trilhão. Em entrevista coletiva concedida na última sexta-feira (4), o procurador da República Oscar Costa Filho detalhou que o crime contava com a participação de cerca de dez pessoas, incluindo funcionários do banco e pelo menos 11 empresas. A fraude acontecia através da manipulação da nota de risco das empresas e da cobrança de propina para a liberação do dinheiro, equivalente a 2,5% do valor concedido. As dívidas não eram quitadas e geravam prejuízo para o banco. “Essas práticas criminosas se davam mediante desobediência sistemática dos normativos internos do banco, no que diz respeito à exigência de garantias confiáveis para fazer com que os empréstimos tivessem uma determinada segurança. São empréstimos que acabaram não sendo pagos”, explica o procurador, acrescentando que os créditos não eram cobrados “porque eles não foram concedidos para serem pagos”.
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