Liquidações buscam recuperar perdas no mês de junho na Bahia

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do A Tarde

Sara Schaer e Iasmine Dantas, sócias da Punket, decidiram antecipar a liquidação

Passada a Copa do Mundo, o varejo se movimenta para recuperar as perdas do mês de junho. A Câmara dos Dirigentes Lojistas aponta retração entre 15% e 20% no período, número atípico, já que este é considerado um mês forte em vendas, impulsionado, sobretudo, pelo Dia dos Namorados e pelo São João. Quem mais sentiu o impacto negativo provocado pelos jogos da Copa foram os shoppings, que registraram queda de 25% nas vendas, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira, 15, pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).

A variação ocorreu de acordo com cada segmento, apesar de todos terem sofrido impacto no período dos jogos. Nas lojas de produtos esportivos, um dos setores mais beneficiados pela Copa, o crescimento nas vendas foi de 33%, pouco abaixo da expectativa de 35%. Com estoques grandes, estas lojastambém entraram no período de promoção, anunciado desde os últimos dias do mundial de futebol.

O presidente do Sindicato dos Lojistas da Bahia, Paulo Motta, afirma que, apesar da queda em torno de 50% nas vendas nos dias de jogos da Seleção Brasileira, a saída de produtos, principalmente os verde-amarelos, crescia nos dias seguintes, em consequência do  bom desempenho do time. A tendência foi totalmente revertida após a desclassificação do Brasil.

À espera da estrela – Nas prateleiras, as camisas oficiais da seleção da Espanha, campeã do mundial, não estão tão cotadas assim. Vendedores explicam que o torcedor espera pelo novo modelo, já com a estrela de campeão.

Em uma grande rede de produtos esportivos, o uniforme da Fúria é oferecido com desconto de 40%, em média. A camisa oficial da Argentina, 46% mais barata, tem boa saída. “Para as lojas de esportes, ainda há tempo de escoar estes estoques porque o tema futebol está em alta. Se não houver promoção, este material encalha”, comenta o diretor de relações institucionais da Alshop, Luís Augusto Ildefonso da Silva.

As camisas da Seleção Brasileira não entraram na lista de descontos, mas vendedores e lojistas comentam que, após a eliminação da Copa do Mundo, o uniforme canarinho está encalhado. “Fizemos um estoque seis vezes maior que o de outras seleções, mas a procura parou depois do jogo contra a Holanda”, lamenta o gerente da Deny Sports, Florisvaldo Gomes Filho, referindo-se à derrota por 2×1, que desclassificou o Brasil ainda nas quartas-de-final do mundial.

Esvaziando estoques – A reportagem de A TARDE encontrou os maiores descontos nos segmentos de roupas e calçados, que sofreram com as perdas nos dias de jogos da Copa. Nestas lojas, em especial de produtos femininos, os descontos chegam a 70%, uma atitude agressiva dos lojistas para esvaziar estoques e garantir espaço para a coleção de verão, que deve estar nas vitrines logo após o Dia dos Pais.