O presidente Luiz Inácio Lula da Silva  pediu que os dez novos ministros que substituíram os que saíram para ser  candidatos nas eleições deste ano atuem para assegurar a continuação das obras  começadas. Este será o teor da primeira reunião ministerial com a nova equipe,  que Lula faz hoje. O tema foi realçado nesta manhã no programa semanal de rádio  “Café com o Presidente”.
Lula afirmou que não é tempo de parar, mas sim  de trabalhar muito mais para que o governo não perca o compasso. Porém, de  acordo com ele, as alterações no ministério não constituem nenhuma mudança na  direção do Poder Executivo, das diretrizes determinadas e das obras contratadas.  “Até porque nós entendemos que não é possível, faltando nove meses para terminar  o mandato, alguém imaginar começar uma obra nova, tentar inventar um outro  programa.”
Segundo o presidente, a administração federal deve concretizar  todos os projetos em curso, terminar aqueles que necessitam e podem ser  finalizados e ainda adiantar o máximo possível as obras preestabelecidas, seja  no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Minha Casa, Minha Vida ou nas  demais propostas de cada pasta. “Eu optei em promover os secretários executivos  por uma razão muito simples, ou seja, não é possível você tentar, faltando pouco  tempo para terminar o campeonato, você contratar jogadores novos”,  disse.
Lula afirmou que escolheu levar os secretários à função de  ministro e consentir que eles aprontem as obras nas quais trabalhavam porque,  direta ou indiretamente, estavam mais próximos ao titular da pasta e efetuavam  os planos delineados. “Estou convencido que esta foi a melhor forma para que a  gente mantenha a continuidade. Que a gente não pare. Porque você imagina um  ministro novo, ele tem de chamar um novo chefe de gabinete, tem de chamar um  novo secretário executivo, até as pessoas conhecerem a máquina, acabou o meu  mandato.”
A todo vapor
Lula disse que o governo “entrará  hoje em campo com todo o vapor”. Conforme o presidente, o encontro ministerial  terá como objetivo fazer com que os ministros trabalhem mais e assumam encargos.  “Nós vamos fiscalizar muito mais, trabalhar muito mais junto dos ministros, para  que as coisas aconteçam com maior rapidez”, prometeu.
Lula explicou que,  na reunião, indicará aos novos auxiliares como caminha a economia do Brasil,  “porque é importante que eles tenham noção da clareza que o conjunto do governo,  que o presidente da República e o ministro da Fazenda (Guido Mantega) estão  vendo, de perspectiva de crescimento econômico para o ano de 2010”.
“Estamos seguros que 2010 será um ano muito importante para o Brasil. Em  2010 a gente, no primeiro trimestre, já mostrou claramente que o crescimento da  política industrial, o crescimento da agricultura, o crescimento da construção  civil, o crescimento da geração de empregos é muito forte.”
O presidente  comparou o encontro de hoje a uma preleção do técnico de time de futebol ao  jogadores. “Ele chama o jogador e fica fazendo uma pequena preleção ali, que ele  tem de entrar pela direita, pela esquerda, pelo centro, que ele tem de chutar  para gol, ou seja, o que nós vamos fazer é uma preleção para que o time novo que  está entrando em campo faça os gols”
Oportunidade
Para  Lula, ser ministro é a “oportunidade da vida” desses secretários que assumiram a  titularidade das pastas. “Eu vou tentar estabelecer uma afinidade maior. São  todos jovens, com disposição de trabalhar, e nós vamos trabalhar muito mais. E  aí eu vou ter de me dedicar muito mais”, disse.
“Eu até já falei para a  Marisa (a primeira-dama Marisa Letícia): se você achava que eu estava  trabalhando muito, pode se preparar porque daqui para a frente nós vamos ter de  trabalhar muito mais, vamos ter de fiscalizar muito mais, vamos ter de estar em  cima muito mais”, prosseguiu. “No final do mandato, nós temos de trabalhar mais.  Trabalhar muito mais, porque as coisas estão para acontecer exatamente agora.”
 
Deixe seu comentário