A inadimplência no Fies registrou um crescimento de 4% no último ano. Enquanto em 2015, o número de inadimplentes chegava a 49%, em 2016, 53% dos 526,2 mil contratos em fase de pagamento estavam atrasados em setembro – último período disponível através da Lei de Acesso à Informação. O programa, que já chegou a ter 732 mil novos contratos, foi encolhido no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e também no governo de Michel Temer (PMDB). Em 2016 foram 193 mil novos financiamentos. Segundo informações da Folha de S. Paulo, além de a inadimplência já ter ultrapassado a metade dos beneficiários do programa, os atrasos chegam a passar de um ano. “A partir de mudanças feitas em 2010 houve uma farra, as faculdades aumentaram os preços das mensalidades e os alunos foram deixando para depois”, explicou Celso Napolitano, professor da Fundação Getúlio Vargas e presidente da Federação dos Professores de São Paulo, ao jornal. “Não houve trabalho para conscientizar que o pagamento possibilitaria o estudo de mais alunos, nem por parte do governo nem das faculdades. Como o estudo já foi feito, e não tem grandes penalidades para quem não pagar, a pessoas não se vê obrigada a isso”, acrescentou. A crise econômica e o consequente aumento do desemprego também foram razões apontadas para esse crescimento.
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