Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O final de semana foi de intensa negociações entre os líderes partidários e o presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA). Eles fecharam um acordo para que a eleição da presidência da Casa aconteça na noite da próxima quarta-feira (13). Maranhão foi convencido neste domingo (10) por interlocutores do governo Michel Temer a antecipar a data da eleição, marcada anteriormente por ele para quinta. Ele deve anunciar a mudança após reunião de líderes nesta segunda.
Desde que a corrida pela presidência da Câmara, que estava limitada aos subterrâneos do Legislativo nas últimas semanas, foi deflagrada oficialmente na última quinta (7), quando Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou ao comando da casa legislativa, a data da eleição se transformou em um conflito entre o presidente interino da Casa e líderes partidários.
No dia em que Eduardo Cunha renunciou, Maranhão marcou a eleição para a próxima quinta, mas foi desautorizado pelos líderes partidários, que a anteciparam para terça. Em retaliação, o presidente em exercício exonerou o secretário-geral da Mesa Diretora, o servidor Silvio Avelino, que participou da reunião dos líderes.
Ele também mandou retirar as cabines de votação que já estavam sendo instaladas no plenário, e reafirmou que a eleição seria apenas na quinta.
O “Centrão”, bloco mais alinhado a Eduardo Cunha, queria manter a eleição na terça para coincidir com a data da votação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de um recurso apresentado pelo peemedebista que tenta reverter a decisão do Conselho de Ética a favor da cassação de Cunha. Já os partidos independentes e de oposição queriam a eleição na quinta para ganhar tempo nas negociações para construir candidaturas capazes de vencer o bloco.
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