A ministra da Cultura Margareth Menezes vai se reunir na tarde desta segunda-feira com técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, para começar o processo de restauro das obras danificadas por golpistas durante a invasão ao Palácio do Planalto.
Margareth publicou em seu perfil no Twitter mensagens de repúdio aos golpistas. “É urgente avaliarmos os danos e começarmos a recuperação e restauro de todo patrimônio que foi brutal e absurdamente arrasado. Um quadro de Di Cavalcanti destruído a facadas revela tamanha ignorância e violência desses atos abomináveis”, escreveu.
A cantora afirmou que Marlova Noleto, diretora e representante da sede brasileira da Unesco, se pôs à disposição para ajudar com a reforma e recuperação de tudo que foi depredado durante a invasão deste domingo (8).
O analista de infraestrutura Maurício Goulart e os técnicos do Iphan vão trabalhar juntos com um grupo de especialistas e restauradores de obras de arte, diz Margareth.
“Brasília é patrimônio histórico material e imaterial do Brasil e vamos trabalhar unidos para a reconstrução de tudo que foi violado”, publicou ela no Twitter.
Os golpistas danificaram um relógio trazido ao Brasil em 1808 por dom João 6º, o vitral ‘Araguaia’, de Marianne Peretti, e a tela “Mulatas”, pintada em 1962 por Di Cavalcanti. O governo estima que só o trabalho de Di Cavalcanti, o mais importante do Salão Nobre, está avaliado em R$ 8 milhões.
Além disso, a obra “Bandeira do Brasil”, de Jorge Eduardo, de 1995, foi encontrada boiando na água que inundou o térreo do Planalto. No terceiro andar do prédio, “O Flautista”, de Bruno Jorge, e “Galhos e Sombras”, de Frans Krajcberg, também foram vandalizadas. Os golpistas ainda desenharam um bigode semelhante ao de Adolf Hitler num quadro que retrata José Bonifácio.
Folhapress
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