Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Mário Alberto Hirs, e sua antecessora, Telma Brito
Afastados há duas semanas pelo Conselho Nacional de Justiça, órgão de controle externo do Judiciário, sob acusações que vão de nepotismo a irregularidades em contratos, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Mário Alberto Hirs, e sua antecessora, Telma Brito, aguardam com ansiedade o julgamento de um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal contra a decisão do CNJ.
Eles esperam que o julgamento ocorra a tempo de retornarem à Corte e, assim, tomarem parte nas eleições para a renovação do comando do TJ, que acontece nesta quarta-feira num cenário hoje longe de qualquer previsibilidade. O certo é que, se o STF acatar o mandado, Mário e Telma podem retomar, na Corte, a posição de influência, inclusive eleitoral, que possuíam antes do afastamento.
Não são apenas dois votos, mas duas figuras importantíssimas na estrutura de poder do Judiciário cuja força interna deve ter levado a que ousassem desprezar, inadvertidamente, as constantes recomendações do CNJ, a mais recente e emblemática delas contrária à posse do desembargador Roberto Frank, alvo de investigação por parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em defesa de Mário e Telma, atuam no STF alguns dos nomes mais conhecidos e poderosos da advocacia nacional, o que amplia a expectativa de vitória no mandado que propuseram contra o afastamento. Quanto à eleição de quarta-feira, por este motivo, ainda é uma incógnita, mas pode surpreender com a ascensão de uma nova liderança feminina e correta, como o TJ precisa e a sociedade baiana exige.
Raul Monteiro
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