Cairo – O presidente do Egito, Mohamed Morsi, teria sido detido em regime de prisão domiciliar por militares na sede da Guarda Republicana do Cairo, o anúncio foi feito pela TV independente Haiat. A informação, que não foi confirmada oficialmente, foi negada pelo porta-voz do chefe de Estado ao jornal norte-americano ABC News.
Um conselheiro do presidente do Egito, Mohamed Morsi, disse hoje não saber onde o mandatário se encontra. Gehad el Haddad, que também é porta-voz da legenda de Morsi, o o grupo islâmico Irmandade Muçulmana, disse, em entrevista à CNN, que “todos os contatos com ele foram cortados”.
A notícia, no entanto, gerou comoção e diversas pessoas reunidas na praça Tahrir, no Cairo, comemoram a suposta prisão.
O porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad El-Haddad, informou que os militares estão dando um golpe de Estado no Egito. “Está em curso um verdadeiro golpe militar no Egito. Os carros armados estão se movendo pelas ruas”, publicou via Twitter o porta-voz, com a hashtag #SaveEgypt.
Tanques e unidades das forças especiais de segurança do Egito estão se posicionando nas proximidades do Palácio Presidencial de Ittahadeya para impedir que sejam registrados confrontos entre os manifestantes a favor e contra o regime do presidente Mohamed Morsi. Um grupo encontra-se de frente à sede da Presidência enquanto outro está a poucos metros de distância, nos arredores da mesquita El Rabaa Adaweya.
O presidente egípcio foi proibido de sair do país, disseram fontes de segurança do aeroporto do Cairo. A proibição foi entendida a outros membros da Irmandade Muçulmana, sua legenda política.
A crise no Egito “deve ser resolvida por meios políticos”, afirmaram autoridades norte-americanas. “Os Estados Unidos não apóiam qualquer grupo e partido”, afirmou o porta-voz do Pentágono, George Little. (Ansa Brasil)
Protestos no Egito
AGÊNCIA ANSA
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