presidente da alba recebeu o vice-governador joão leão para debater projeto
“Com o leilão marcado para o dia 21 de novembro, na Bolsa de Valores de São Paulo, podemos dizer que a Ponte Salvador-Itaparica e o novo complexo viário do Oeste começam a tornar-se realidade. E a ALBA realiza a segunda discussão sobre esse grandioso projeto”, declarou o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, Nelson Leal, ao receber hoje (02.10) o governador João Leão e os secretários estaduais Bruno Dauster (Casa Civil) e Marcus Cavalcanti (Infraestrutura) para discutir o projeto da ponte Salvador-Itaparica, em audiência pública realizada por três comissões: Especial do Complexo Intermodal da FIOL, Porto Sul e Complexo Viário do Oeste; Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo; e Especial de Desenvolvimento Urbano.
Leal disse que o vice-governador João Leão explica com “muita precisão e conhecimento técnico” os impactos que a obra, orçada em R$ 6 bilhões, irá causar na economia da Bahia. “Concordo com o vice-governador quando diz que a ponte e todo o complexo viário do Oeste podem, de fato, mudar a face da economia da Bahia. Eu vou um pouco mais longe: será uma revolução econômica sem precedentes, impactando diretamente o desenvolvimento de regiões como o Recôncavo e o Oeste baianos”, declarou o chefe do Legislativo baiano.
João Leão disse que a Ponte Salvador-Itaparica vai beneficiar diretamente 250 municípios do Estado, que ficarão mais próximos da capital baiana e terão aumento na arrecadação de impostos. Ainda citando o Polo de Camaçari, o CIA e a RLAM, o vice-governador afirmou que esses três empreendimentos (todos eles projetados pelo engenheiro Rômulo Almeida) representam hoje 56% da receita do estado. A ponte, diz ele, não ficará nada a dever em termos de arrecadação para o estado. “Os cálculos que fizemos mostram que durante os cinco anos de construção e 30 de concessão, o Estado vai arrecadar, só de ICMS, em torno de R$ 20 bilhões”, afirmou Leão.
A descentralização de economia do estado será, no entanto, a maior vantagem do empreendimento, conforme explicou o secretário Bruno Dauster. De acordo com ele, 85% do PIB (a soma de todas riquezas produzidas) da Bahia se concentram hoje na região metropolitana e na região que abrange até Feira de Santana. Dauster observou ainda que a economia do Recôncavo, que durante 200 anos foi a região mais rica da Bahia, hoje representa 0,5% do Produto Interno Bruto e tem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) equiparável aos municípios mais pobres do semiárido.
Para a implantação do empreendimento, o Estado adotou o mesmo modelo licitatório de parceria público-privada (PPP) utilizado com sucesso na construção do Metrô de Salvador. Diante das garantias oferecidas, quatro grandes consórcios estrangeiros se mostraram interessados em participar do leilão marcado para novembro. O que exigir menos contrapartidas do Estado é o que sairá vencedor. O investimento da inciativa privada para construir a ponte está estimado R$ 6 bilhões. O governo entrará com R$ 1,5 bilhão em investimentos públicos. A previsão de movimento na ponte é de 28 mil veículos por dia.
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