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Na Bahia, o democrata Fernando Gomes, em Itabuna, seguiu a cartilha
Em Montadas, pequena cidade da Paraíba, quem tem o sobrenome Souza pode se considerar um felizardo. Sete dos nove secretários tem o mesmo sobrenome do prefeito eleito Jonas de Souza (PSD.). Todo são parentes: a mulher, três irmãos, um tio e dois primos. Assim como ele, outros prefeitos recém-empossados nomearam parentes para assumir secretarias. De acordo com a súmula do Supremo Tribunal Federal (STF), por ser considerada uma nomeação política, a prática é permitida. Segundo a Folha de S. Paulo, as nomeações para a chefia de pastas aconteceram em cidades de médio porte, como Itabuna e Mossoró (RN), e em outros municípios menores. Ainda segundo a publicação, outros prefeitos ignoraram as promessas de campanha e colocaram parentes como seus auxiliares. No Maranhão, o novo prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PMDB), nomeou a mulher, um irmão e uma prima como secretários. No entanto, meses antes, criticou o antecessor por nomear parentes. Na Bahia, o democrata Fernando Gomes, em Itabuna, seguiu a cartilha. Nomeou a mulher Sandra Neilma para a secretaria de Ação Social, o sobrinho Dinailson Gomes para a Administração e o filho Sérgio Oliveira para o Trânsito. Oliveira não tem experiência em gestão na área. A prefeitura, contudo, informou que contratará um engenheiro de tráfego para o cargo de subsecretário. Por meio de sua assessoria, Gomes defendeu as nomeações e disse que, caso a Justiça um dia considere a prática uma ilegalidade, demitirá todos os parentes.
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