Muito se tem escrito sobre Glauber Rocha, sendo este, somente um enfoque mais familiar, sobre o cineasta que enobrece nossa cidade de Vitória da Conquista.
A origem e as cobranças: O cineasta Glauber Rocha nasceu em 14 de março de 1939 em Vitória da Conquista, na antiga Rua da Várzea, hoje, Rua 2 de Julho, mas, pouco viveu aqui, aos 8 anos em 1947 mudou-se para a capital do Estado, com sua família. Seus pais, Adamastor Bráulio Silva Rocha, Lúcia Mendes de Andrade Rocha, e suas irmâs. Glauber faleceu em 22 de agosto de 1981, na cidade do Rio de janeiro. Quando ainda jovem, morando em Salvador, ele só retornava à conquista, e isto, às vezes, nas férias escolares, para visitar familiares. Muitos cobram de Glauber o fato de nada ter feito por Conquista, ora meus amigos, Glauber era um cineasta, um diretor cinematográfico, um ator, um escritor! Não era um político da ativa! Há de se lembrar que muitos políticos conquistenses, “sem citar nomes” passaram toda sua existência vivendo da política conquistense, e nada fizeram por esta terra. Na história de Glauber, não há registro de que tenha feito algo para prejudicar sua terra natal. Mas, deixou um legado histórico, que enobrece e é motivo de orgulho para todos os conquistenses, estes, talvez como resposta, por algumas palavras ditas em tom de blague, e por esta aparente falta de carinho pela sua cidade natal! Terra, que não o julga ou o condena por isso, aliás, veem nele uma grande e importante referência para esta cidade, no cenário estadual, nacional e internacional, através de sua trajetória de vida, como cineasta e como o pai do cinema novo. E destacadamente como um conquistense que alcançou sucesso e fama através de suas produções cinematográficas e de seus pronunciamentos, falados e escritos, que representam sua obra intelectual, ele antes de tudo, é motivo de orgulho para todos nós, como um dos seus filhos mais ilustres, queridos e famosos.
O reconhecimento tornou-se público: Há menos de duas décadas e meia, portanto, já depois de sua morte, alguns intelectuais e cinéfilos de Vitória da Conquista, iniciaram um movimento com o propósito de que a cidade tomasse conhecimento das obras e do sucesso que o conquistense Glauber Rocha alcançava mundialmente, e de fato a absoluta maioria não tinham conhecimento e nem mesmo sabiam que ele era filho de Vitória da Conquista.
As reivindicações: Um grupo de intelectuais ligado a UESB, a fim de dar mais expressividade ao movimento glauberiano, criaram e fomentaram através do apoio Institucional, articulações que foram fundamentais para que toda a cidade se envolvesse com o movimento glauberiano, e assim, se popularizasse a figura do Glauber Rocha. E não parou por ai, com o suporte e a referência do legado de Glauber Rocha, a UESB – conseguiu uma TV Educativa, e uma emissora de Rádio, “uma facilitação” para a criação do curso de Cinema na UESB, entre outras conquistas. Ao despertar para o fato de que o nome Glauber Rocha era a senha que abriria todas as portas, e que os projetos encaminhados pelos políticos eram aprovados, um a um, pois, todos se achavam e se acham “glauberianos”! Políticos daqui, dacolá e da Capital. O carisma de Glauber durará para sempe…
A cobrança do Museu: No entanto, se esqueceram de que Glauber Rocha tinha uma família e uma história, e que nasceu na Rua 2 de julho, no centro de Vitória da Conquista, e que deixou um acervo e muitos equipamentos utilizados em suas filmagens, que poderia estar aqui, em um local apropriado, e nada mais justo, que fosse na casa onde ele nasceu, onde seus parentes viveram até a pouco tempo atrás. E pasmem! Não vão criar o esperado Museu Glauber Rocha na casa onde ele nasceu! Existe um projeto para instalá-lo no antigo Cine Madrigal, na Rua Ernesto Dantas. Que seja! Todos nós, ansiosos, esperamos!
As Homenagens e a Comenda: O município de Vitória da Conquista, hoje registra inúmeras espaços, que recebem o nome do cineasta, a exemplo do auditório Glauber Rocha na UESB, do (Centro Cultural e Comercial Glauber Rocha), localizado na zona oeste da cidade, do novo Aeroporto Glauber Rocha de Vitória da Conquista, entre outros equipamentos públicos instalados na cidade. A Câmara Municipal criou pela lei de número 1.367/2006, a Medalha Mérito Cultural Glauber Rocha. O Legislativo conquistense homenageia a uma entidade ou a uma personalidade que tenha contribuído para o desenvolvimento e difusão da cultura no município. Esta Comenda será entregue anualmente pela Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista em solenidade no salão da Câmara, à uma pessoa ou à uma entidade que tenha se projetado nas diversas áreas da cultura conquistense. Cinema, Pintura, Escultura, na área de Letras: Poesia, Prosa, Ficção, contos romances, cordel e outras formas de arte e literatura.
É necessário que se diga e se relembre: Glauber pertence à uma numerosa família conquistense (Mendes de Andrade), e assim, deixou muitos parentes em Vitória da Conquista! Muitos já se foram, ficando somente a saudosa lembrança! Quem não se lembra de seu avô Antônio Vicente Andrade, “seu Antoninho Andrade”, de seu tio Dr. Carlito Andrade, de seu tio “Cid”, Irisvaldo Mendes de Andrade e sua esposa Dona Dalci Meira De Andrade do Boticário, que é mãe do geólogo Cláudio Meira De Andrade, de seu tio Pequeno Andrade, pai de Herbert, de seu saudoso primo Divão Mendes! Do seu tio Hermes Andrade, o conhecidíssimo vereador Vivi Mendes é seu primo carnal. A família é imensa não é possível citar todos.
Com toda certeza: A despeito do que disserem os invejosos, Glauber Rocha engrandece Vitória da Conquista.
Artigo: Desenvolvido em conjunto com Gildásio Amorim Fernandes, (jornalista,publicitário) e, Edimilson Santos Silva Mover , escritor historiador.
14/07/2018
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