No relatório do caso de Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, Hiroshi Sakaki incluiu trechos de conversas do acusado com seu advogado
Foto: Divulgação/OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para apresentar uma representação contra Hiroshi de Araújo Sakaki, delegado da Polícia Federal (PF).
Hiroshi é acusado de violação de sigilo profissional por expor as comunicações entre um advogado e seu cliente, no caso que envolve a apuração de hostilidade ao ministro do STF Alexandre de Moraes, em Roma.
A petição foi apresentada neste domingo (18). Segundo o texto da OAB, o delegado federal incluiu no processo “transcrições de diálogos, prints de imagens e de documentos”, do empresário Roberto Mantovani – acusado de injuriar o filho de Morae s– com seu advogado, Ralph Tórtima.
“A atuação da OAB neste caso tem como objetivo a defesa das prerrogativas da advocacia, com foco no sigilo das comunicações entre advogado e cliente”, diz nota divulgada pela entidade.
Em vídeo publicado no Instagram neste domingo, o presidente da OAB, Beto Simonetti, anunciou que protocolaria as petições contra o delegado da PF e disse que a entidade “não quer saber quem é o cliente dos advogados”. Hiroshi e a PF ainda não se pronunciaram publicamente sobre o assunto.
Nas conversas expostas, segundo o relato da PF, o advogado orienta Mantovani a não falar com a imprensa, dizendo que “eles são muito habilidosos e distorcem as palavras”, e solicitou um relatório completo do que teria acontecido.
Sobre o caso, a PF chegou à conclusão de que Mantovani cometeu o crime de injúria real contra o filho de Moraes, mas decidiu não indiciar ninguém.
conteúdo : Metro1
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