Apoio a Fabrício Falcão foi anunciado horas após carta de repúdio de dirigentes do partido comunista contra manobra
Foto: Divulgação
Após o repúdio da direção do PCdoB na Bahia contra a manobra da base governista que sepultou a candidatura do deputado Fabrício Falcão ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) manifestou nesta quarta-feira (28) solidariedade ao parlamentar comunista.
Falcão não havia reunido as 13 assinaturas de colegas exigidas para assegurar sua inscrição na disputa e nem conseguiu registro através de indicação direta da mesa Diretora da Casa. Na terça-feira (27), cinco governistas que integram o colegiado não compareceram à reunião que iria deliberar sobre a candidatura.
“Nosso compromisso foi até o fim, no sentido de apresentar o nome de Fabrício através da Mesa. Tanto que nossos representantes lá, os deputados Samuel Júnior (Republicanos) e Marcelinho Veiga (União Brasil), estiveram presentes para votar. A ausência de cinco deputados parece muito estranha, pois nunca houve falta de quórum numa reunião de Mesa Diretora”, afirmou o líder da oposição, deputado Alan Sanches (União Brasil).
“É por isso que queremos deixar a nossa solidariedade ao colega de tantos anos de Parlamento. A nossa compreensão é de que ele tinha, ao menos, o direito de concorrer. Mas pelo que a gente percebeu, acabou sendo vetado pelo próprio governo”, acrescentou Sanches. Este mês, a bancada da minoria formalizou a indicação do ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) para a vaga deixada pelo conselheiro aposentado Fernando Vita.
Horas antes, a cúpula do PCdoB baiano havia anunciado, por meio carta aberta, um boicote à votação que vai definir o novo membro do TCM pela cota da Alba, em resposta à manobra conduzida pela articulação política do governo. “Como se sabe, o PCdoB indicou o respeitado deputado Fabrício Falcão para participar do processo de eleição do Conselheiro do TCM na Assembleia Legislativa (…). A apresentação também foi decorrente de um compromisso do governo”, disse a direção do partido, ao lembrar o acordo em que Falcão retirou, há um ano, a candidatura em favor da ex-primeira-dama Aline Peixoto.
“Não somente foi ignorado o acerto em torno da indicação desta vaga, como foi montada uma operação – um verdadeiro rolo compressor – de inviabilização até mesmo a inscrição para a disputa na Assembleia, não permitindo nem o direito democrático do deputado candidatar-se – uma ação absolutamente injustificável, quando se trata de impedir a qualquer custo o protagonismo de um aliado histórico do PT desde 2006, ano em que derrotamos o carlismo na Bahia”, destacou partido no comunicado enviado à imprensa.
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