Despertar e desenvolver o talento de crianças e adolescentes para a música. Com essa proposta, a Orquestra Conquista Sinfônica vem trabalhando na cidade há três anos. Realizado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, o projeto é destinado a jovens atendidos pela Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente que, por meio de aulas em grupos, podem ter contato com instrumentos sinfônicos como viola, violino, flauta, clarinete, trompa, dentre outros.
Neste momento, a Orquestra está vivendo uma reestruturação. Além do processo de contratação de professores, um grupo de voluntários tem formado o núcleo do projeto. “A gente vem ensaiando desde meados do ano passado. A ideia é constituir monitores para que eles também possam multiplicar o conhecimento. É um sistema colaborativo, e está agregando cada vez mais interessados. São músicos que tocam em igrejas, estudam sozinhos, ou participam de outros grupos e estão sem o auxílio técnico”, explicou o coordenador municipal de Cultura, João Omar. Em um segundo momento, esse grupo deve fazer a monitoria dos jovens que ingressarão na Orquestra.
Ainda de acordo com o coordenador, os instrumentos sinfônicos demandam uma técnica bastante especializada. Porém, com disciplina, dedicação e boa capacidade de percepção, é possível obter muitos benefícios por meio da música. “O mais interessante também, nesse projeto, é que ele trabalha a questão do encontro em grupo e da convivência com pessoas de diferentes classes sociais”, exemplificou João Omar. Dessa forma, os alunos podem entender a própria sociedade como uma orquestra, em que cada um deve desenvolver o seu trabalho com zelo e harmonia para que seja obtido um bom resultado em todas as esferas.
Os últimos ensaios da Orquestra Conquista Sinfônica reuniram pessoas que já estão inseridas no universo da música, a fim de que elas se tornem agentes multiplicadores do seu conhecimento. Em sua maioria, são pessoas que perceberam o dom para a música desde muito cedo e já possuem uma relação intimista com a arte. Agora, o momento é de praticar e multiplicar. Na noite dessa quarta-feira, 8, o grupo esteve reunido mais uma vez em torno dos instrumentos, dando vida às melodias.
“Essa oportunidade de participar da Orquestra é maravilhosa. Eu gosto muito de música erudita, e isso está sendo bastante especial”, afirmou Juliete Sousa, uma das integrantes do projeto. Juliete atua na Filarmônica de Conquista desde os 13 anos de idade e, atualmente, também participa do grupo musical Maria Vai Com as Outras, que esteve marcando presença no Festival de Forró e no palco principal do Forró Pé de Serra do Periperi – eventos promovidos pela Prefeitura Municipal.
Talita Vilasboas, também integrante do projeto, conheceu o piano aos três anos de idade, e o violino, aos sete. Desde então, tem construído sua carreira em função da música. Para ela, a oportunidade de fazer parte desses encontros só tem a contribuir para a sua vida profissional. “A Orquestra Conquista Sinfônica é um projeto cultural maravilhoso na cidade e que ajuda a acrescentar nosso currículo. Como musicista, é uma bagagem e uma experiência a mais”, declarou.
Há cerca de 10 anos, Samir Niedhardh vem seguindo os passos do pai, professor de violino. Atualmente, ele leciona em algumas escolas e aceitou o convite para participar da Orquestra. Ele reconhece a importância do projeto para os jovens que integrarão as aulas. “A música contribui tanto para o desenvolvimento intelectual, quanto para a vida. Por exemplo, para se ter uma profissão futura. Então acho que vale a pena eles aprenderem e se dedicarem”, enfatizou.
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