por Bruno Luiz/ O senador Otto Alencar (PSD-BA) comentou nesta quinta-feira (14) a segunda denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer (veja aqui). Na avaliação dele, este novo fato apenas representa um momento de “agudização” de uma crise que, segundo o parlamentar, acontece desde que Temer assumiu a Presidência da República. “Desde que o presidente é presidente, está em crise. É uma doença crônica que, de vez em quando, tem uns processos de agudização. Mas é algo que considero grave, porque a denúncia é grave, tem consistência”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, ao participar da concessão do título de Cidadão Soteropolitano ao presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e seu correligionário, Angelo Coronel. O senador também falou sobre o número de ministros afastados do governo e a situação deles, alguns presos, como o caso do ex-ministro Geddel Vieira Lima. “Ele já teve nove ministros afastados. Alguns presos, outros com tornozeleira, amigos íntimos. É difícil que, em 30 anos de amizade, ele não tenha o mínimo de ‘desconfiômetro’ sobre o caráter dos amigos”, criticou. O também presidente do PSD na Bahia atacou a CPMI da JBS, instalada no Congresso para apurar supostas irregularidades em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao grupo J&F – que controla o frigorífico. Segundo Otto, o presidente da comissão, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) “faltou com a palavra” ao indicar o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), que faz parte da “tropa de choque” de Temer no Congresso, para ser o relator da CPMI. “Ele garantiu aos senadores que não colocaria Marun na relatoria e, depois, ele foi no Jaburu, recebeu alguma coisa do interesse pessoal e nos avisou que Marun seria nomeado”, contou. O senador ainda chamou a comissão de “circo”. “A CPMI está armada para constranger os bons brasileiros da PF, da MPF, que desarmaram essa quadrilha”, atacou.
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