Em visita à Rádio Metrópole, presidente do PSD baiano negou ainda que partido almeja duas cadeiras no Senado para cacifá-lo como governador em 2022
Por Evilásio Júnior no dia 17 de Julho de 2018 ⋅ 18:43
Comandante do PSD baiano, o senador Otto Alencar apostou, em visita a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, que não há chance de o PT não votar no indicado do partido para a chapa do governador Rui Costa, o presidente da Assembleia Legislativa, Angelo Coronel.
Nos bastidores, há o temor de que uma possível candidatura do deputado federal Irmão Lázaro (PSC) ao Senado divida os votos da esquerda, sobretudo em função de a senadora Lídice da Mata (PSB) ter sido alijada da chance de tentar a reeleição. “O PT vai votar com o PSD, como fez em 2014”, declarou.
Projeto para 2022 – Otto negou ainda que o objetivo do PSD de ter duas cadeiras na Câmara Alta do Congresso seja parte de um plano para ele ficar ainda mais poderoso na Bahia, a fim de exigir ser o candidato do grupo à sucessão do petista em 2022.
“Eu não tenho esse perfil de ter o poder para pressionar para ser. Pode ter a plena certeza de que eu pretendo cumprir o meu mandato e que o governador Rui Costa, ganhando as eleições, prestigie o partido, como prestigiou nessa quadra agora. Eu acho que essas coisas acontecem na política pelo que você faz, pelo seu trabalho. Meu slogan é: ‘nada resiste ao trabalho’. Se eu fizer um bom trabalho no Senado, eu serei lembrado. Daqui a quatro anos é que vai se ver”, afirmou.
O parlamentar listou entre os feitos do mandato dele projetos, como a convalidação dos incentivos fiscais do Polo Industrial de Camaçari, o aumento de dois terços da pena para assaltantes de bancos – com obrigação de garantia da segurança aos clientes pelas instituições financeiras –, a aplicação de impostos de cigarros e bebidas para o Fundo Nacional da Saúde, além da Proposta de Emenda à Constituição que legalizou a prática da vaquejada em todo o país e a luta pela revitalização do Rio São Francisco.
PSD com Alckmin – Otto ainda comentou a aliança nacional do PSD com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para a Presidência da República e assegurou que não haverá desgaste pelo fato de a legenda, no estado, estar alinhada ao PT.
“O partido está liberado aqui na Bahia para apoiar Rui Costa. [Gilberto] Kassab não vai fazer nenhuma interferência. Ele nunca me falou sobre isso e respeita a minha posição. Nós vamos apoiar aqui o candidato do grupo, que for escolhido por Wagner, por Rui, por Leão, por todos da base. Não há a menor chance de acontecer qualquer ruído aqui”, disse.
No entendimento do senador, o comandante nacional da legenda tem “gratidão”, porque “o PSD nasceu na Bahia” com mais de 70 prefeitos, oito deputados estaduais e cinco federais levados por ele para a nova agremiação.
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