por Guilherme Ferreira
Foto: Reprodução / Facebook
O presidente do PMDB em Salvador, Lúcio Vieira Lima, acredita que os pedidos de prisão contra quatro dos maiores representantes do partido – Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney – não representa “nada de especial” para o eleitorado do partido. Para ele, a resposta para as denúncias são de responsabilidade de cada político acusado e a imagem da legenda deve ser desvinculada das acusações. “A classe política já está tão desacreditada que não vai ter nada de especial contra o PMDB. A imagem dos partidos a população já tem”, afirma. “Cada membro do partido é responsável por suas atitudes. Cada um tem que se defender e mostrar que é inocente”. O presidente municipal da legenda também preferiu não antever os efeitos dos pedidos de prisão sobre as eleições deste ano. “A opinião pública tem direito de se voltar contra quem ela achar que tem que se voltar”, disse Lúcio, que estima 160 candidaturas para o cargo de prefeito na Bahia. Ao comentar as denúncias divulgadas nesta terça-feira (7), ele compara com os casos de corrupção revelados durante a gestão do PT e entende que o efeito dos escândalos era maior quando as acusações tinham o Partido dos Trabalhadores como alvo. “Não é como o PT que dizia que era um partido incorruptível e depois se viu que não é. O envolvimento dos outros partidos não é novidade”, explica. Para Lúcio, o partido da presidente afastada Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula atrelava mais sua imagem aos seus integrantes acusados de corrupção. “O PT tomava como se fosse uma agressão a ele. Quando se prendia José Dirceu era algo contra os pobres, era coisa da mídia golpista”, acusa.
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