A Polícia Federal prendeu um dos donos da Engevix em nova fase da Operação Lava Jato, que investiga a suspeita de desvios em contratos da estatal Eletronuclear. José Antunes Sobrinho, um dos sócios da construtora, foi preso preventivamente em Florianópolis. Ele será levado para a superintendência da PF em Curitiba, sede das operações.
Sobrinho já é réu num processo por suspeitas de participação no esquema de corrupção da estatal.
No dia 15 deste mês, o juiz federal Sergio Moro aceitou a denúncia contra o executivo e mais 14 pessoas, entre elas o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Outro foco da investigação são os desdobramento a 15ª fase “Conexão Mônaco”, que investiga agentes públicos e políticos que tenham se beneficiado de recebimento de propina no exterior proveniente da Diretoria de serviços da Petrobras.
A 19ª etapa da operação, deflagrada nesta segunda, foi apelidada de “Nessun dorma” –expressão em italiano que significa “Ninguém dorme”.
Serão cumpridos ainda um mandado de prisão temporária, de uma pessoa ligada à estatal de energia, sete de busca e apreensão e duas conduções coercitivas (quando alguém é levado para prestar depoimento e esclarecer fatos da investigação). As diligências ocorrem nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis.
No Rio, um dos mandados de busca e apreensão está sendo cumprido na empreiteira Mendes Júnior. Uma outra empresa ligada a um dos suspeitos e três imóveis de investigados também são alvos das diligências no Rio. Em São Paulo e Florianópolis as buscas estão sendo feitas em imóveis de suspeitos.
A Eletronuclear já foi alvo de uma fase anterior da Lava Jato, no final de julho, quando foram presos o presidente licenciado da estatal, almirante Othon Pinheiro da Silva, e o executivo da Andrade Gutierrez Energia, Flávio David Barra.
Na época, foram investigados desvios em contratos da usina nuclear Angra 3. O então presidente da Eletronuclear teria recebido R$ 4,5 milhões em propina, por meio de contratos de fachada com as empreiteiras Engevix e Andrade Gutierrez. Ele e outras 13 pessoas foram denunciados à Justiça e respondem à acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Os investigadores verificaram que uma empresa sediada no Brasil recebeu entre 2007 e 2013 cerca de R$ 20 milhões de uma empreiteira que é alvo da Lava Jato.
Fonte: Folha/UOL
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