Aconteceu no Plenário vereadora Carmem Lúcia, da Câmara Municipal de Vereadores de Vitória da Conquista, na sexta-feira, 20 de setembro, a sessão especial “Projeto OAB vai à Escola”. A sessão foi uma iniciativa do mandato do vereador Edivaldo Ferreira Júnior (MDB).
O parlamentar é o autor da proposta que discutiu esse projeto que já atendeu cerca de 13 mil estudantes de escolas públicas de Vitória da Conquista e de algumas outras cidades do Sudoeste. Em sua fala, agradeceu pela oportunidade de compor o legislativo, “servindo o nosso povo, servindo Conquista”. Ele falou que tem aprendido muito com os colegas edis.
O parlamentar também afirmou que a entidade vem intensificando suas atividades e que através do OAB Vai à Escola leva amor, solidariedade e cidadania para escolas de Conquista e região. E disse ainda que uma sessão com esse propósito elenca ainda mais a importância e reconhecimento deste segmento, o da classe dos advogados através de sua representação, a OAB, e suas respectivas comissões que promove cidadania e regata dignidades e sonhos, e faz valer o que garanti a Constituição brasileira.
Cerca de 13 mil alunos já foram atendidos – A advogada Morgana Lopes, coordenadora do Projeto OAB vai à Escola, explicou que a ação teve início em 2016, na gestão de Ubirajara Ávila. Ela falou que o presidente deu bastante visibilidade à iniciativa, que já atendeu cerca de 13 mil alunos. Morgana frisou que são realizadas palestras sobre temas sugeridos pelas próprias escolas, além de outros selecionados pela OAB, como a Lei Maria da Penha. O OAB vai à Escola atende instituições de educação da rede pública de Vitória da Conquista e já realizou atividades também em Barra do Choça e Piripá. Morgana afirmou que o projeto está elaborando uma nova cartilha que será distribuída às escolas e servirá de apoio às atividades pedagógicas.
Casos de bullyng e cyberbullyng são assustadores – Laísa Soares é advogada e responsável pela área de mídias sociais do projeto. Ela destacou que a ideia é apresentar o Direito de forma lúdica e acessível às crianças e adolescentes. Soares acreditava que não seria difícil falar com o público do projeto, “até perceber os estragos de uma simples fake news pode causar. Até perceber os abraços com olhos úmidos e perceber que não era ali só uma palestra, era troca de saberes e valores”. Ela destacou que o OAB Vai à Escola se adapta a cada local onde chega
Função social da OAB é bem exercida – O advogado Murilo Nunes afirmou que os integrantes do OAB Vai à Escola são guerreiros
porque trabalham com amor e dedicação, sem remuneração, levando informações e acolhimento a estudantes. Ele disse que a sessão é uma demonstração do crescimento do projeto. Para Nunes, com o projeto a OAB cumpre sua função social.
A sociedade de Vitória da Conquista sendo homenageada – O presidente da OAB – Subseção de Vitória da Conquista, Ronaldo Soares, salientou que a entidade não defende partidos políticos, mas defende valores. Soares afirmou que o projeto “OAB vai à Escolas” estabelece um contato com uma parcela da população que, por força das circunstâncias, pôde desviar sua conduta para a prática de atividades que possam comprometer suas vidas, e disse que a homenagem recebida na Câmara nesta manhã, não era à OAB, mas sim, à sociedade conquistense.
Ações, como essa, da OAB pode mudar vidas – O diretor da Escola Luiz Eduardo, do município de Piripá, o sr. André Mário Dias de Almeida afirmou que o projeto foi uma grata surpresa e que não imaginava que a OAB poderia ir até sua cidade. André também relatou um caso que aconteceu na sua escola, em que uma aluna contou s sua filha que estava sofrendo abuso sexual dos pais e a vontade da criança de denunciar o caso se deu após uma ação da Ordem. O diretor, emocionado, agradeceu a todos da entidade e disse que é importante que a instituição saia de suas salas e vá até onde o povo está.
A importância do acesso ao mundo jurídico – O estudante de direito da FTC, Alan Barros, contou que mesmo nascido em Vitória da Conquista, foi morar no município de Cordeiros, ainda na infância, retornando à Capital do Sudoeste neste ano para cursar sua graduação e ressaltou que pôde escolher o curso a partir de uma das ações da OAB na cidade onde morava. Alan disse que o projeto tem como foco instruir os alunos sobre direitos humanos e cidadania, mas o vê também como a possibilidade de saber mais sobre o mundo jurídico.
Projeto feito por pessoas que acreditam na juventude – Um dos idealizadores do projeto, Dr. Eduardo Amoras, relembrou o início do OAB na Escola. “Tudo começou de um convite do Colégio Luís Eduardo Magalhães pra falar um pouco pros jovens acerca de cidadania, ética, Menor Aprendiz e questões correlatas”, lembrou ele. “Depois disso foram diversas ligações, diversos diretores”, disse ele, falando do crescimento do projeto. “É um projeto lindíssimo feito por pessoas que acreditam na mudança social, nessa evolução da juventude e da participação ativa da juventude na sociedade”, ressaltou Amoras.
Agradecimento à OAB – A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Ridalva Corrêa de Melo Figueiredo, Rose Almeira, agradeceu à direção da OAB por se propor a deixar o conforto de seus escritórios para realizar trabalhos tão importantes para as camadas mais populares da comunidade conquistense. “Quero agradecer, nos sentimos muito honrados de receber essa equipe. Foi uma equipe que contemplou todos os alunos, mas também a Dra. Kelly nos trouxe a honra de palestrar para famílias, para mulheres. Foi um momento rico”, destacou Rose.
13 mil alunos atendidos – A vice-coordenadora do Projeto OAB vai à Escola, Kelly Newton, apontou que em um ano e meio de projeto a OAB atendeu 13 mil alunos. “É um projeto que muda vidas, resgata sonhos, dignidade. OAB na Escola é um divisor quando chega”, disse ela, que ressaltou ainda que o projeto é realizado de forma voluntária. “Trabalhamos de forma voluntária, baseado simplesmente no amor ao próximo”, apontou.
De acordo com ela, nas palestras, os advogados utilizam uma linguagem adequada para permitir que o público compreenda seus direitos e conheça as formas de buscar as suas garantias. “Foram quase 13 mil alunos, 13 mil sonhos que ouviram de forma não jurídica, na linguagem do jovem, aquilo que ele precisa ouvir”, contou ela.
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