Polícia Federal (PF) vai pedir a quebra do sigilo bancário e fiscal do governador José Roberto Arruda (DEM), de seis parlamentares, entre eles o presidente licenciado da Câmara Distrital, Leonardo Prudente (DEM), secretários de Estado e autoridades envolvidas no mensalão do DEM.
O objetivo é investigar indícios de movimentação bancária superior à renda dos suspeitos, lavagem de dinheiro, aumento patrimonial e enriquecimento ilícito detectados na primeira fase da investigação.
De um total de 36 pessoas investigadas na Operação Caixa de Pandora, pelo menos 18 tiveram envolvimento direto no esquema confirmado na análise dos documentos apreendidos pela corporação em 27 de novembro passado.
Nas buscas, a PF apreendeu em dinheiro R$ 700 mil, além de US$ 5 mil e 30 mil euros, em escritórios e residências de alguns investigados. A perícia constatou que nessas apreensões não havia dinheiro procedente de um lote de R$ 500 mil com marcas de identificação que a PF entregou ao ex-secretário Durval Barbosa, colaborador da polícia e pivô do esquema.
No entanto, a corporação constatou que alguns maços de dinheiro apreendidos com diferentes suspeitos tinham a mesma sequência de série, sugerindo que as quantias provinham de uma mesma fonte de recurso, provavelmente um abastecedor do propinoduto.
A perícia concluída esta semana pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) reforçou o rol de provas contra os acusados. Constatou também que são autênticos os 50 vídeos entregues à polícia pelo ex-secretário, beneficiado pela delação premiada.
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