por Marcos Maia
Foto: Reprodução / Luciana Amaral / G1
Em entrevista coletiva realizada neste domingo (27), o presidente Michel Temer e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros, anunciaram um acordo entre os poderes executivo e legislativo para evitar que a anistia explícita ao caixa 2 em campanhas eleitorais seja incluída no projeto que trata das dez medidas contra a corrupção. Na ocasião Temer recordou que ele, Maia e Renan sempre consideraram a demanda proposta desde as manifestações de junho de 2013 legítimas, discordando somente da questão da depredação. Para o presidente, esse momento resulta de um processo de observação das manifestações de rua, e afirmou o governo vai atendê-la, mas tendo em vista que o primeiro passo, no caso, é do Congresso. “O poder é do povo e quando o povo se manifesta, essa responsabilidade precisa ser tomada pelos poderes executivo e legislativo”, afirmou. Em seu discurso, Maia afirma que houve uma “falha de comunicação” na questão, e negou a existência de uma tentativa de anistiar para os crimes eleitorais. “Não aconteceu e não acontecerá na votação que acontecerá na próxima terça-feira. Essa emenda da anistia nunca existiu regimentalmente, uma vez que nenhum parlamentar ou líder colocou o assunto em pauta”, explicou. Por fim, Calheiros salientou que Câmara e Senado concordam que a matéria “não deve tramitar”, pois não é prioridade. Para Renan, as matérias econômicas são prioritárias, e devem ser votadas para acelerar a retomada do crescimento.
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