A Câmara Municipal de Vitória da Conquista realizou na noite da última quarta-feira, 01, na Escola Municipal José Rodrigues do Prado, Distrito de Pradoso, mais uma Sessão Itinerante com o objetivo de ouvir as demandas da população local e mostrar o trabalho do Legislativo àqueles que não podem se deslocar até a sede do município. O presidente  da Câmara, Luis Carlos Dudé (MDB), abriu a sessão franqueando a palavra para representantes da comunidade, que elogiaram e cobraram serviços na Zona Rural.

Testemunho pelos benefícios – A senhora Dilma Santos, moradora do Pradoso, relatou sua situação. Ela disse que sempre praticou corrida amadora, mas teve um sério problema de saúde e ficou impossibilitada de praticar o esporte. “Foi graças ao apoio do vereador Muniz que hoje vou pra Conquista correndo”, declarou. Dilma lembrou ainda que o vereador também ajudou a passar uma máquina em uma área para que um grupo de mulheres do Pradoso pudesse realizar aulas de funcional. Por fim, ela disse que “hoje é o dia de questionarmos e reconhecermos as coisas boas que são realizadas em nosso distrito”.

Demandas de Caiçara – Gilvan Santos, morador de Caiçara, aproveitou a oportunidade para apresentar demandas da região. “Hoje eu trouxe aqui algumas demandas de Caiçara e região”, disse ele,  elencando as demandas da população. São elas: recuperação de dois campos de futebol em Baixa Grande; limpeza e construção de aguadas;

Inclusão de três famílias de Lagoa D’Antas, que estão sem cobertura do Sistema de Saúde; recuperação de ruas do povoado de Caiçara.

A Zona Rural precisa de representatividade – O morador e representante comunitário Isaac Oliveira falou da importância da presença dos jovens da região na Sessão Itinerante. “Estes jovens que trabalham, estudam e representam suas comunidades precisam ser valorizados pelo poder público municipal”, disse. Isaac questionou sobre a importância que a Zona Rural tem para o Legislativo conquistense, e destacou a necessidade de políticas públicas para a população”. É preciso levar assistência e não assistencialismo a todos os cidadãos. Eu tenho orgulho dos vereadores que vão para a Zona Rural e acompanham de perto a situação dos moradores que precisam de educação e de transporte que funcione”, ressaltou. Por último, o morador falou sobre a problemática das drogas presentes nas escolas e entre os jovens, e salientou que a “Zona Rural precisa de representatividade”.

Demandas da saúde pública no Pradoso – Membro do Conselho de Saúde do Pradoso, Josué Carlos Cabral elencou uma série de demandas de serviços médicos da localidade.  Ele aproveitou a Sessão Itinerante para reivindicar soluções para problemas como número de profissionais da saúde que atendem o distrito. Segundo ele, existem localidades que estão descobertas pelo serviço dos agentes de saúde. “Nosso distrito tem mais de 1600 familias e contamos apenas com 12 agentes de saúde. O médico que atende aqui no posto precisa se desdobrar para atender todas as 20 localidades. O que queremos e estamos reivindicando é a realização de concurso público para aumentar a quantidade de profissionais”, informou. Josué também reivindicou a conclusão do posto de saúde do Saguim, que está em construção há mais de 10 anos. Além das demandas de saúde, Josué reivindicou também melhorias no serviço de transporte público.

Não adianta escola e posto de saúde bonito se não funciona – Dona Nilzete Campos Flores cobrou a presença dos parlamentares no local e disse que em Pradoso falta tudo: “Passamos necessidade nas chuvas, não podíamos nem ir à padaria”. Ela ressaltou que o vereador Muniz foi quem conseguiu alguma coisa para minimizar a situação. Disse ainda que o ônibus todo dia muda de horário e que o posto de saúde atende cerca de 20 povoados. “A médica atende o pessoal de fora e a gente nunca é atendido, é preciso equipe médica urgente”. Relatou também que faltam cuidadores nas escolas e que existe a promessa de uma quadra poliesportiva que nunca foi construída. “Estamos próximos de Conquista e não é aceitável não cuidar da gente. Nosso transporte é precário, estrada ruim, não oferece nada para os jovens”. Finalizou pedindo que os vereadores venham visitar a população.

Falta de estrutura na Saúde – A agente de Saúde Neilza Almeida reclamou da falta de estrutura da Saúde para a comunidade do Pradoso. “Nossa equipe é uma equipe mínima. Temos, cadastradas, 1672 famílias, são quase 7 mil pessoas para um médico”, apontou ela. “Nós trabalhamos com uma equipe sobrecarregada, adoecida e com uma população também adoecida. A gente precisa com urgência de mais uma equipe”, complementou.

Além da falta de pessoal, ela relatou a falta de condições de trabalho. “Nós não temos um telefone na unidade, não temos água, não temos internet, quando tem uma urgência a gente sobe num pé de manga para o telefone dar sinal e ligar para o SAMU”, detalhou ela.

Fonte: Ascom