Representantes de empresas interessadas em concorrer ao financiamento do futuro veículo leve sobre trilhos (VLT) pediram mais 60 dias para apresentar as propostas da licitação. O atual prazo expira no próximo dia 30, no entanto o governo do estado ainda analisará o pleito dos empresários.
A solicitação informal foi realizada na manhã desta quinta-feira, 8, durante uma reunião pública, no bairro do Stiep, na qual o governo apresentou o projeto do VLT aos representantes das concessionárias, por meio de explicações do titular da Casa Civil do Estado, secretário Bruno Dauster.
Orçado em cerca de R$ 1,5 bilhão, o projeto do VLT será implantado para substituir o atual trem que liga a Calçada, na Cidade Baixa, ao subúrbio de Salvador. O VLT deverá ter 21 estações ao longo de um traçado de 18,5 quilômetros de extensão.
“A ordem de serviço para o início das obras deverá ser assinada até o final do ano
Bruno Dauster, secretário
A linha do VLT deverá superar em seis quilômetros a atual malha ferroviária dos trens que ligam Paripe à Calçada, cujo percurso é de 13,6 quilômetros.
Depois de implantado o modal, as atuais dez estações de trem deverão ser desativadas, no entanto, serão reaproveitadas para prestação de serviços às comunidades próximas.
O projeto prevê realizar as intervenções do modal em duas a fases: com 9,5 quilômetros, a primeira vai ligar o Comércio a Plataforma, enquanto a segunda ligará Plataforma a São Luiz.
A previsão é que o novo modal seja integrado com as duas linhas do sistema metroviário e também com o transporte rápido por ônibus (BRT) – sistema de ônibus expressos que vai ligar a Lapa ao Iguatemi, cuja construção é responsabilidade da prefeitura.
Cronograma
De acordo com o secretário Bruno Dauster, a reunião abordou quatro temas principais: adiamento do prazo, auditoria da selecionada para receber financiamento, demonstração de capacidade do banco inglês Indico PLC para financiar o VLT e a metodologia sobre como o dinheiro será repassado.
R$ 1,5 bi
é o valor previsto para custear a construção do VLT, que vai substituir a atual malha ferroviária composta pelos trens que ligam os bairros da Calçada e Paripe
“Nessa forma de financiamento, o estado fez um trabalho de capitação de recursos para a concessionária e montou as garantias que trariam conforto ao investidor”, disse. “É um modalidade nova, em que o estado é o protagonista, mas o tomador é privado”, acrescentou Dauster.
Segundo o secretário, com a postergação do prazo para apresentar as propostas, a possível nova data deverá ser 30 de agosto. “No entanto, é preciso que os concorrentes formalizem a solicitação de adiamento, cuja palavra final deverá ser do governador (Rui Costa)”, afirmou o secretário.
Dauster adiantou ainda que, após o recebimento das propostas, a empresa vencedora da concorrência pública deverá ser conhecida até o final de setembro próximo. “Após esta fase, o contrato da ordem de serviço para início das obras deverá ser assinado até o final do ano”, estima o secretário.
Conforme informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado, a previsão para início das obras – estimadas para ficar prontas em 36 meses – é de até 90 dias após assinatura do contrato.
A expectativa do governo é atender cerca de 1,5 milhão de moradores nos bairros localizados às margens do novo modal.
Franco Adailton
Deixe seu comentário