Religioso disse várias vezes que havia “macumbas” contra o então pré-candidato em Guanambi. “Tem macumba em Guanambi, Deus foi lá em Guanambi hoje contou essa bruxaria, essa macumbaria”, diz o pastor.
A publicação do polêmico decreto de Jairo Magalhães repercutiu em todo o país. Explicação para o ato até agora não foi encontrada, no entanto uma motivação pode existir. Ouça:
Durante um culto religioso realizado em Caetité, provavelmente no ano de 2015, um pastor evangélico começou a se direcionar em sua pregação à Jairo.
O religioso disse várias vezes que havia “macumbas” contra o então pré-candidato em Guanambi. “Tem macumba em Guanambi, Deus foi lá em Guanambi hoje contou essa bruxaria, essa macumbaria”, diz o pastor. O pastor fala que vê Jairo sentado na cadeira do gabinete. “Você vai sentar naquela cadeira, o homem queira ou não queira Deus vai cumprir… Deus tá entrando na prefeitura, Deus tá trabalhando, eu vi a parte do prefeito, eu vi exaltação, eu vi milagre… (línguas estranhas)… foi feito trabalho de macumba encomendado em Guanambi para acabar com a sua vida, eu vejo um pote que foi feito pra tu ficar (inaudível) em cima de uma cama… “, diz um trecho da pregação.
“Olhos os projetos sociais que você têm oh, olhos projetos, olha os projetos, olha uma mesa, olha uma cadeira… tô indo lá no Cemitério, lá em Guanambi, na rua 3, no número 8, tô cortando a macumba, to desfazendo hoje… chegou o tempo de você cantar o hino da vitória… eu via um hospital sendo construído, eu via muitos projetos sociais, eu via muitos assessores perto de você, Deus tem coisa grande pra você”, diz a pregação que é finalizada em línguas estranhas. O áudio da pregação chegou a circular em grupos do Whatsapp logo após a eleição. Até o fechamento desta matéria não foi possível confirmar o nome do pastor. Jairo Magalhães emitiu nota dizendo não ter tido a intenção de causar polêmica, apenas ‘ter proteção divina”. Ele pediu desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas, mas não revogou o decreto.
Pedido de desculpas e esclarecimento
Após a repercussão do Decreto 01, de 02 de janeiro de 2017, em que o prefeito de Guanambi, Jairo Silveira Magalhães, entrega a chave da cidade a Deus e cancela ‘pactos com entidades’, o mesmo encaminhou nota esclarecendo que a publicação não teve intenção de causar debate de cunho religioso.
“Foi feita uma correlação, pois a entrega simbólica da chave da cidade, que é feita ao prefeito em dias de posse em muitas cidades, não interfere em nenhuma das ordenanças legais, muito menos nas ações aos cidadãos desta terra. A publicação não teve a intenção de ferir a laicidade, inspirada que foi no preâmbulo do texto constitucional, que invoca o nome de Deus. A real intenção da publicação foi apelar a todas as crenças, suplicando a mesma proteção de Deus, que é rogada na nossa Constituição”, explicou. Na nota, a Assessoria de Comunicação da prefeitura ainda afirmou que o prefeito sempre se relacionou com todos os credos de forma respeitosa, harmoniosa e agregadora, como homem público. “Nunca refutou participar de ações, solenidades e eventos religiosos de qualquer outra denominação”, reiterou. O prefeito pediu desculpas se alguém se sentiu ofendido pela mensagem, reafirmando a sua obrigação de governar para todos. // 96FM Guanambi . Brumado Notícias.
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