Prêmio Na Quadrada das Águas Perdidas

http://youtu.be/6oaXaNcOI1I

De uns dias prá cá, tenho pensado na possibilidade de pelo menos uma apresentação de ELOMAR no Madson Square Garden, sob regência de João Omar com o Quintento de Cordas da Paraíba.

Seria (ou será) uma oportunidade única para que os “gringos” e os brasileiros que por lá habitam possam apreciar um Gigante de nossa Música, longe dos rapapés batuqueiros, pagodeiros, breganeiros ou pseudo-roqueiros que empestam ( no sertão se diz empestiam) nosso repertório estético musical.

Meu instinto e conhecimento  apontam  que um  um concerto de Elomar no emblemático Templo coroará a obra do  Príncipe Sertânico e todos que o ouvirem (público, jornalistas  e crítica especializada) sairão de Madson  impressionados com a obra do Bardo.

João Gilberto se apresentou lá ano retrasado (Voz e violão).

Os americanos, especialmente estes, tal qual ocorreu com os germânicos, ficarão enlevados com a qualidade, originalidade, densidade, extensão e profundidade da obra desse enigmático homem de Arte.

Acho que vale um esforço de sua parte, entrando em contato com Secretário de Cultura do Estado da Bahia, este acionará o Ministério ao qual se vincula em Brasília  e junto ao Itamaratí, nosso Ministério das Relações Exteriores,   promoverão   a    apresentação  da   música Elomariana em Nova Iorque.

Não tenho a menor dúvida:  Os americanos ficarão maravilhados com o que vão ouvir.  Se Bob Dylan for ao espetáculo, certamente vai procurar Elomar para perguntar-lhe de onde ele tirou elementos estéticos tão eloquentes e diferentes daqueles que ele conhece de nossa música.

Dylan vai confessar que ouvindo Elomar é o mesmo que estar diante de um Chopin sem piano, mas com a mesma tessitura e plano musical. Aliás quem ouve os temas de Elomar ao piano, confunde-os um pouco com os de Chopin.  Sem plágio, naturalmente.

Em tempo:

Dylan gosta muito de nosssa música. Mas, além de Villa Lobos e Hermeto Pascoal, a maior parte dos músicos  que ele conhece  é o da Bossa Nova.  Se ele ouvir e vir Elomar, se é que já não o fez, vai ficar  impressionado.

Gostaria de ver Elomar nas páginas do New York Times (e outros de grande prestígio),  mas especialmente o de Nova Iorque dizendo da grandeza desse Artista. Eu acho que os americanos ficarão com a mesma sensação que tiveram quando viram Kandinsky, Siqueiros e/ou Fernando Botero.  Ou quando leram  CEM ANOS DE SOLIDÃO de Gabriel Garcia Marqes.   Arte pura, sem pirotecnias, sem recursos que não sejam absoluto e estritamente estético-

musicais.É assim que eles sentirão a música de Elomar. E vão amar.  Nesse dia, vai haver a ligação (o Elo) do Sertão, com o Mar:  ELOMAR.Paulo Pires