Numa demonstração de que o governo estadual mantém forte ascendência sobre o Tribunal de Contas do Estado (TCE), uma manobra da presidente da Corte, conselheira Ridalva Figueiredo, evitou hoje que fosse aprovada uma resolução de autoria do conselheiro Pedro Lino sugerindo que a secretaria estadual de Saúde apresente um plano de saneamento de vários problemas na rede pública de hospitais.
Os problemas, que incluem de falta de leitos a medicamentos, foram detectados numa inspeção corriqueira na Sesab que compreendeu do ano de 2010 até meados deste ano. Como recebeu três votos a favor (ácompanharam o parecer de Lino os conselheiros França Teixeira e Manoel Castro) e três contra (dados por Antonio Honorato e as substitutas de Filemon Matos – Lilian Damascento – e Zilton Rocha – Conceição Chaves), Ridalva resolveu adiar o julgamento.
Pelo regimento do TCE, ela tem agora duas sessões para levar a resolução de novo ao pleno, podendo votar pelo desempate a favor do governo, o que todos acreditam que acontecerá. A inspeção preocupou a base governista na Assembleia, da qual o TCE é órgão auxiliar, dada a exposição que permitiu sobre o quadro da saúde no Estado e da gestão do secretário Jorge Solla, motivo de críticas constantes de usuários do sistema e da bancada de oposição.
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