Presidente eleita diz que padrinho político não poderá ficar longe e promete fortalecer mercado interno em seu governo

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Em seu 1º pronunciamento, Dilma

promete bater à porta de Lula


Em seu primeiro pronunciamento oficial, a presidenta eleita da República, Dilma Rousseff (PT), prometeu “bater muito” à porta do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, em seu futuro governo. Sem a presença do padrinho político no palanque montado para o pronunciamento, em Brasília, Dilma afirmou que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e agradeceu “a honra e o privilégio de sua convivência”.

“Baterei muito à sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta”, disse a petista. “Conviver durante todos esses anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu país”, completou a presidenta eleita, que prometeu consolidar e avançar os projetos do atual governo.

manter a responsabilidade fiscal e os esforços para melhoria da qualidade do gasto público e da simplificação tributária. Disse recusar ajustes sobre programas, serviços sociais e investimentos. Afirmou ainda que o povo brasileiro não aceita mais a inflação como “solução irresponsável para eventuais desequilíbrios”.

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Prometeu ainda ampliar os limites do programa Supersimples para valorizar e criar modernos mecanismos de financiamentos econômicos. Ressaltou também que vê na exploração e no modelo de partilha dos recursos do pré-sala a chance de promover melhorias para as “atuais e futuras gerações”.

Dilma disse esperar que a inédita eleição de uma mulher para Presidência se torne um evento corriqueiro e parafraseou o slogan de Barack Obama em sua campanha para presidente nos EUA para afirmar que “sim, a mulher pode”.

Após uma campanha tensa, com críticas aos meios de comunicação e líderes religiosos que pediram votos contra a petista, Dilma prometeu, em seu primeiro discurso como presidente, defender a liberdade de imprensa e de culto no País.

Dilma prometeu também trabalhar para erradicar a miséria do País e pediu a ajuda de empresários, trabalhadores, igrejas e universidades para conseguir implementar essa meta, que classificou de “ambiciosa”.

Ela disse também que, a partir de agora, irá estender a mão para os partidos adversários e prometeu valorizar os órgãos de controle e fiscalização do serviço público. “Não haverá compromissos com o erro”.