Carro-chefe da campanha presidencial de Ciro Gomes (PDT), o programa de renda mínima, batizado em homenagem ao vereador petista Eduardo Suplicy, prevê beneficiar quase 60 milhões de pessoas.
A ambição do programa é erradicar a pobreza no Brasil durante o próximo mandato. “O objetivo é complementar a renda das famílias para que alcancem o patamar mínimo da linha de pobreza”, diz o economista Nelson Marconi, coordenador do programa de governo de Ciro.
A linha de pobreza com que a campanha trabalha são R$ 417 mensais por pessoa. Assim, se uma família de quatro integrantes tiver renda per capita de R$ 300, por exemplo, a diferença de R$ 117 por pessoa seria complementada pelo Estado.
Haveria ainda adicionais por criança: R$ 170 até 3 anos de idade e R$ 85 de 3 a 18 anos. Na média, afirma Marconi, cada domicílio receberia R$ 1.011.
O custo total do programa é estimado pela campanha em R$ 170,7 bilhões. Descontado o valor já pago pelo Auxílio Brasil, os recursos que faltam somam R$ 80 bilhões. Esse gasto, segundo Marconi, seria bancado basicamente com a criação de um imposto sobre grandes fortunas.
O cálculo da campanha é que esse novo tributo poderia levantar até R$ 60 bilhões a partir de uma alíquota de 0,5% para rendas acima de R$ 20 milhões.
Fábio Zanini/Folhapress/ Politicalivre
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