O presidente Michel Temer já admite que a reforma da Previdência que deve ser votada no Congresso Nacional não é a que ele considera ideal. Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo publicada neste sábado (5), ele alertou que por conta das concessões feitas pelo governo federal, novas mudanças nas regras previdenciárias podem ser necessárias daqui alguns anos. “A gente faz agora a reforma que é possível. E, sendo uma reforma possível, ela não será tão abrangente como deveria sê-lo. Então, é possível que daqui a seis, sete, oito anos, tenha que fazer uma nova atualização”, declarou. O presidente considera que não deve se restringir somente à aprovação de uma idade mínima para a aposentadoria, mas deve também tentar reduzir as diferenças entre os sistemas de Previdência privados e públicos. Ao Estado de S. Paulo, Temer também disse não ter receio de alcançar os votos necessários para a aprovação da matéria na Câmara. Na votação da última quarta-feira (4), que arquivou a denúncia contra ele por corrupção passiva, o presidente teve o apoio de 263 deputados. No entanto, para a aprovação da reforma da Previdência, ele precisa de 308 votos. “Muita gente que votou contra mim vota a favor da Previdência. Nós podemos chegar a 310 votos. Eu não acredito que eles votem contra o Brasil”, disse.
Reforma da Previdência será ‘a possível’, diz Michel Temer em entrevista
Foto: Marcos Corrêa/PR
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