O governador Rui Costa reclamou do acirramento de ânimos entre grupos a favor e contra o governo da presidente Dilma Rousseff em entrevista concedida nesta segunda-feira (4). Ele demonstrou receio em relação a um possível confronto violento entre as duas partes e citou o caso de uma médica pediatra que recusou atender uma criança porque a mãe dela é filiada ao PT no Rio Grande do Sul. Para o governador, a atitude é comparável com o que o grupo Estado Islâmico pratica na Síria e no Iraque. “Quando eu vi a médica falar isso, me veio à mente a imagem do Estado Islâmico decepando a cabeça das pessoas porque pensam de forma diferente, porque tem uma religião diferente. A mesma coisa. A médica não atender e eventualmente permitir que uma doença se agrave porque é de um partido diferente”, comentou Rui durante a inauguração do Setor de Bioimagem do Centro Estadual de Oncologia (Cican). O governador ainda pediu ‘calma e serenidade’ para evitar casos de violência mais grave por conta de divergência de opinião política. “Esse fim de semana já teve pancadaria com barra de ferro, barra de madeira entre torcedores de times. Daqui a pouco vamos todos nos matar, quem tem time de futebol diferente, quem tem religião diferente, quem tem partido político diferente”, disse.
Rui Costa compara caso de médica que recusou atendimento com Estado Islâmico
Renata Farias / Guilherme Silva
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