Foto: Divulgação/Arquivo
Senador Fabiano Contarato
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) diz que, há alguns dias, recebeu uma mensagem de áudio via WhatsApp com ameaças de morte. O interlocutor, segundo ele, identificou-se e disse que vai pegá-lo “no facão”. Contarato fez uma representação criminal junto à Polícia Federal e à Polícia Legislativa do Senado, mas não solicitou proteção especial. Ele também ingressou com uma ação na Justiça sob a acusação de injúria e difamação -mas não revelou à reportagem a identidade da pessoa. O ataque ocorreu, segundo o senador de primeiro mandato, após ele ter confrontado o ministro Sergio Moro (Justiça) em audiência no Senado, no último dia 19. Primeiro senador assumidamente gay no Brasil, Contarato foi eleito com mais de 1 milhão de votos e desbancou um dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PSL), o agora ex-senador Magno Malta (PR-ES), que defendia sustar a decisão que permitiu a união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo. Nesta terça (2), o ministro da Justiça volta ao Congresso. Será ouvido em sessão conjunta de três comissões da Câmara -de Constituição e Justiça, de Trabalho e de Direitos Humanos. Assim como aconteceu no Senado na semana passada, a ideia é que Moro dê explicações sobre as mensagens trocadas entre ele e procuradores da Lava Jato, reveladas pelo site The Intercept Brasil. No Senado, Contarato perguntou a Moro se, na condição de juiz responsável pela operação, ele havia ferido o princípio da imparcialidade ao manter conversas com Deltan. “Ele me lançou contra a população como se eu tivesse falado que era contra a Lava Jato. Ele distorceu [o que disse] e me colocou nessa situação em que estou hoje. E estou sofrendo muito”, disse Contarato à reportagem. “Recebo mensagens a todo momento com ofensas, falando que estou sendo contra o Moro, a favor da corrupção, a favor do Lula. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Absolutamente.”
Folhapress
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