A primeira página da Folha estampa neste sábado (24) a mais recente fornada de números recolhidos nas ruas pelo Datafolha.
Segundo o instituto, decorridas três semanas do início da campanha oficial, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) continuam empatados.
O tucano com 37%. A petista, 36%. Terceira colocada na corrida ao Planalto, Marina Silva (PV), amealhou 10%.
Pela primeira vez, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) logrou pontuar: 1%. Iguala-se a Zé Maria (PSTU), também com 1%.
Há outros quatro candidatos nanicos no tabuleiro. Mas todos ficaram abaixo da marca de um ponto percentual.
Os pesquisadores do Datafolha foram ao meio-fio entre terça (20) e esta sexta (23). Ouviram a opinião de 10.905 eleitores em todo país.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais –para o alto ou para baixo.
Num cenário de segundo turno entre Serra e Dilma, o quadro de empate remanasce. Com uma diferença: Dilma (46%) aparece numericamente à frente de Serra (45%).
Na pesquisa anterior, fechada em 1º de julho, Serra tinha, no primeiro turno, 39%. Dilma, 37%. Ele escorregou dois pontos. Ela deslizou um. Tudo dentro da margem de erro.
Marina registrara 9%. Oscilou um ponto para cima. De novo, dentro da margem.
Manteve-se no mesmo patamar o número de votos brancos ou nulos: 4%. A taxa de indecisos variou de 9% para 10%.
O Datafolha fez também uma pesquisa espontânea. Nessa modalidade, o pesquisador não exibe ao entrevistado o cartão com os nomes dos candidatos.
Dilma, que tinha 21% no início do mês, foi a 22%. Serra, que amealhara 19%, caiu para 16%.
Lula belisca 4% das intenções de voto expontâneas mesmo não sendo candidato. Outros 3% informam que votarão no “candidato do Lula”.
Há 1%, de resto, que se diz decidido a votar no “candidato do PT”. São oito pontos (Lula+candidato do Lula+candidato do PT) que pendem para o cesto de Dilma.
Outro dado labuta a favor da pupila de Lula. A taxa de aprovação do governo permanece no olimpo: oscilou de 78% para 77%.
Perguntou-se aos eleitores em que candidato não votariam “de jeito nenhum”.
Verificou-se que a taxa de rejeição a Serra, que era de 24%, oscilou para 26%. A de Dilma foi de 19% para 20%. A de Marina manteve-se em 13%.
Serra está mais bem posto nas regiões Sul e Sudeste. Dilma prevalece sobre o rival no Nordeste e no Norte/Centro-Oeste.
Tomada pelos números do Datafolha, a sucessão atual desce à crônica política brasileira como a mais disputada desde a redemocratização, em 1989.
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