O presidente da ABI, jornalista Walter Pinheiro, e diretor- presidente da Tribuna, convidou o pesquisador Nelson Varón Cadena para falar sobre a história da associação
Os 85 anos da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) motivaram a deputada Fabíola Mansur (PSB) a propor a sessão especial com a qual o Legislativo estadual baiano enaltece, na manhã de quinta-feira (08.10), a partir das 9h30, no plenário, a data aniversária da entidade criada em 17 de agosto de 1930. O presidente da ABI, jornalista Walter Pinheiro, e diretor- presidente da Tribuna, convidou o pesquisador Nelson Varón Cadena para falar sobre a história da associação, tendo em vista que ele levantou a cronologia da instituição e publicou livro a respeito.
A ABI e a Assembleia Legislativa, através do gabinete da proponente da sessão e do memorial da presidência, encaminharam convites a autoridades e personalidades da Bahia, porém o evento é aberto ao público e a expectativa é de que seja concorrido. A deputada Fabíola Mansur expressa o desejo de que a sessão ofereça a oportunidade para que os oradores tanto enalteçam a liberdade de imprensa e de expressão como também apresentem proposições para o futuro da entidade.
1930-2015
A criação da ABI é fruto da liderança do jornalista Thales de Freitas, que, tendo convocado jornalistas e gráficos, criou em 1930 instituição de caráter mais assistencialista, semelhante à Associação Typographica Bahiana, que já existia desde a metade do século XIX. A ABI, nos seus 85 anos, teve apenas seis presidentes: Altamirando Requião(1930-1931), Ranulpho Oliveira (1931-1970), Jorge Calmon (1970-1972), Afonso Maciel Neto (1972-1986), Samuel Celestino (1986-2011) e Walter Pinheiro (2011 aos dias atuais).
A administração mais longa foi a do jornalista Ranulpho Oliveira, de A Tarde, cuja passagem de 39 anos por lá assegurou à instituição sua sede definitiva: um edifício na esquina da Guedes de Brito com a Praça da Sé, com oito andares, que permitiu aos presidentes seguintes conforto, inclusive financeiro. A sede da ABI, em que funcionam a Biblioteca Jorge Calmon, a Sala Roberto Pinho (projeção cinematográfica) e o Auditório Samuel Celestino, é espaço de muitas e variadas atividades culturais ao longo do ano.
Nos 85 anos de existência, a ABI enfrentou períodos de aguda ameaça à liberdade de imprensa, sobretudo por ocasião da ditadura Vargas (1937-1945) e da ditadura civil-militar (1964-1985). Quase sempre pautou sua atuação através do diálogo, sem abater, no entanto, seu ânimo na defesa intransigente das prerrogativas pela manutenção do Estado de Direito e pelo fortalecimento da democracia no país. A ABI tem sido parceira de instituições que comungam do mesmo ideário.
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