Quando eu era mais novo, passava horas na locadora escolhendo filmes. Era uma espécie de segunda casa, onde me sentia realmente confortável. Não raro, alugava o mesmo VHS várias vezes – criança tem essa mania boa de assistir ao mesmo filme sem cansar. E sempre havia a correria para rebobinar a fita no dia da entrega. Não que fosse o meu maior objeto de fissura ou algo assim, mas eu adorava locar as obras da franquia das Tartarugas Ninjas. Se eu tinha outra forma de contato com os personagens, honestamente, não me lembro. Nem precisava: gostava mesmo era dos filmes. Achava o máximo, especialmente o Michelangelo – talvez por me identificar com toda a sua alopração. Nunca esquecerei, contudo, do dia em que aluguei o único título que não havia visto da franquia e, na metade da projeção, a fita relevou-se estragada. Foi um arraso. Lembro-me apenas de uma cena em uma piscina – talvez ela sequer exista, exceto na minha cabeça. Honestamente, não sei dizer se por trauma ou algo do tipo, os anos se passaram e ainda não sei de qual das sequências das Tartarugas Ninjas se tratava. Pode ser que o charme viesse a acabar se eu descobrisse. Essa repaginação moderna de As Tartarugas Ninjas, dirigida por Jonathan Liebesman (ou o espectro de Michael Bay), poderia ser o filme que eu não conferi na infância, dele esperando, de coração aberto, o melhor. Infelizmente, não é. Ao contrário: distante daquela inocência oitentista, onde não eram necessárias tramas mirabolantes para divertir, há a corrupção pelo espírito frenético da escola Michael Bay de cinema. :: LEIA MAIS »
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